A semana que passou foi marcada por importantes efemérides - o Dia da Padroeira do Brasil e o Dia do Professor. O que pouca gente se pergunta é a razão da escolha, respectivamente, de 12 e 15 de outubro para as comemorações.
A escolha do dia 12 de Outubro para celebrar a fé devotada à Mãe de Deus tem sua origem na História do Brasil, quando o príncipe regente Dom Pedro partiu da Fazenda de Santa Cruz, nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, para chegar ao Grito da Independência às margens do riacho Ipiranga.
Em final de agosto de 1822, durante sua longa jornada, o viador passou em Aparecida, rezou aos pés da imagem e prometeu fazer da Virgem a Padroeira do Brasil. Como ele nasceu em 12 de outubro de 1798, sua data natalícia foi marcada para ser também o Dia de Nossa Senhora.
Anos depois, a imagem foi visitada em devoção pelo menos quatro vezes por seu sucessor, assim como a coroa e o manto azul foram-lhe presenteados pela Princesa Isabel, a indicar que todos os detentores de poder um dia, no Reino dos Céus, terão de prestar contas de seus atos terrenos.
A definição do Dia do Professor também está relacionada à personagem histórica de nossa primeira Majestade. Dom Pedro I editou em 15 de outubro de 1827 decreto imperial que criou o ensino elementar no Brasil. Determinou a norma que "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras".
Na história da República, o salário dos professores brasileiros nunca atingiu as cifras do Segundo Reinado, em média U$ 8 mil para as educadoras infantis. Dom Pedro II valorizava bastante a profissão. Escreveu: "se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro".
Criou e frequentava assiduamente o Imperial Colégio de Pedro II, na então Capital. A instituição federal é até hoje referência no ensino brasileiro, contribuindo para a formação de milhares de jovens, em suas doze unidades em funcionamento.