Antônio Batalha, ex-servidor municipal na fiscalização imobiliária, apaixonado pelo Clube Elvira, incentivador de várias modalidades de esportes é o filho brilhante homenageado esta semana.
Uma das admiráveis características do Batalha era sua presença constante nos lugares e nos eventos dos quais tinha responsabilidade, principalmente os ligados ao Elvira, clube do qual ele foi presidente por três anos (2013-2015): um presidente presente.
Mas, segundo conta Alessandro um dos seis filhos, Batalha era assíduo praticamente na cidade toda. Quando fiscal, Batalha fez incontáveis amigos graças às orientações que dava espontaneamente aos moradores para que regularizassem suas propriedades e à figura carismática que era.
"Vivívamo um tempo em que havia muitos imóveis em situação irregular" explica Alessandro. Segundo ele, Batalha fazia questão de ajudar todos para que ficassem em dia com o município. Essa disponibilidade fez dele também uma figura muito solicitada, bastava sair à rua. Andar com ele era teste de paciência. "Demorava quase uma hora para caminhar da rua Chiquinha Schurig à Praça Conde Frontin, cerca de 400 metros", conta Alexandre, "porque todos os conhecidos com os quais cruzava paravam para conversar".
Elegeu-se vereador em 1973, quando se aposentou, e ficou no cargo até 1976. Porém, sempre manteve a atividade política em outras campanhas e na ajuda a candidatos. No esporte, foi grande incentivador do vôlei no Elvira, modalidade que elevou ao máximo quando atuou na presidência do clube. Mas essa dedicação ao Elvira não o impediu de fazer presença várias vezes no clube rival da época, o Trianon. "Ele até ia jogar bocha lá" enfatiza o filho, contando uma temeridade que poucos se permitiam. Façanha confirmada com admiração por Bruno Cappelli, atual presidente do Trianon.
Ultimamente, era sempre visto em pé no portão de sua casa ouvindo, com rádio de pilha colado ao ouvido, os jogos do São Paulo. Por isso, causou surpresa vê-lo no na sexta-feira, 15 de dezembro, ajoelhado no local apoiado na grade do portão. Não era dia de jogo. Batalha tivera um AVC. Morreu no sábado, 31 de março. Foi sepultado no domingo da Páscoa da Ressurreição; data propícia para recomeçar nova etapa. Era Católico praticante.