Vendas de imóveis crescem quase 12% e acumulam resultado positivo no ano
No acumulado de 2025, o setor apresenta alta de 5,12%, demonstrando estabilidade e retomada gradual das negociações.
O mercado imobiliário do estado de São Paulo registrou crescimento de 11,91% nas vendas de imóveis residenciais usados em maio, segundo levantamento do CRECISP com 2.123 imobiliárias de todo o estado. No acumulado de 2025, o setor apresenta alta de 5,12%, demonstrando estabilidade e retomada gradual das negociações.
A maior parte dos imóveis vendidos foi de apartamentos (53%), com 47% das transações envolvendo casas. Os compradores concentraram-se na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, com preferência por imóveis de 2 dormitórios e áreas úteis entre 50 m² e 100 m².A maioria das unidades vendidas estava situada em bairros periféricos (56,7%), refletindo a procura por imóveis com melhor relação custo-benefício e acesso ao crédito.
FINANCIAMENTO
O financiamento continua sendo o principal meio de aquisição de imóveis: 48,5% das vendas foram realizadas com financiamento pela Caixa Econômica Federal, enquanto 17,5% contaram com crédito de outros bancos. Vendas à vista responderam por 20,2% dos negócios, e 12,2% foram negociadas diretamente com os proprietários.
Quanto aos valores de fechamento, 48,1% dos imóveis foram vendidos pelo preço anunciado, e 42,2% receberam algum tipo de desconto, sendo a maioria de até 10% abaixo do valor original.
LOCAÇÕES
Após registrar crescimento contínuo entre fevereiro e abril, o setor de locações residenciais apresentou queda de 12,99% em maio, mas mantém alta acumulada de 10,26% no ano, indicando um mercado ainda aquecido, mas com sinais de ajuste.
As casas responderam por 64% das locações, enquanto os apartamentos ficaram com 36%. Em ambos os casos, os imóveis mais procurados tinham 2 dormitórios e áreas úteis entre 50 m² e 100 m².
As locações ocorreram, majoritariamente, em regiões periféricas (55,6%), seguidas por áreas centrais (25,7%) e regiões nobres (18,7%).
A faixa de aluguel mais comum ficou entre R$ 1.000 e R$ 1.500, com 14,7% dos contratos firmados entre R$ 1.251 e R$ 1.500.
COMPORTAMENTO
O seguro fiança liderou as garantias utilizadas nos contratos (37,2%), seguido por depósito caução (28,3%) e fiador tradicional (28,2%).
Dos inquilinos que encerraram contratos em maio, 39,3% mudaram para imóveis com aluguéis mais baratos, enquanto 19,8% migraram para unidades com valores mais altos e 40,8% não informaram o motivo da mudança.
Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, "o crescimento nas vendas em maio demonstra a confiança do consumidor e a atratividade do crédito imobiliário no estado. Já a retração nas locações deve ser vista como um ajuste natural após meses de forte alta, mantendo um saldo positivo no acumulado do ano.", finaliza.
Comentários: