Jacareí é abençoada, uma cidade inevitavelmente destinada ao progresso. Junto com o crescimento, surgem questões de trânsito, desafio diário inerente à metrópole pujante que nos tornamos.
A criação da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana caiu como cesta de três pontos na Terra do Basquete. Demonstra preocupação do governante com esse tema primordial ao sadio desenvolvimento afonsino.
Pequenos detalhes são relevantes. A gestão de trânsito prescinde de obras faraônicas. Por exemplo, a mera readoção de sinistra mão única na Rua Sargento Acrísio Santana desafogou o contorno da Praça Raul Chaves.
Outra medida inteligente foi pintar cada vaga de estacionamento na região central. Excelente custo benefício. Eliminou espaços ociosos e facilitou a vida do munícipe.
O estratégico acionamento manual de semáforos no pico vespertino suavizou congestionamentos (sobretudo no alto da Avenida Nove de Julho). A aquisição de robustos separadores encaixáveis descomplicou a segurança viária na recente obra de canalização da Avenida Major Acácio Ferreira.
O fechamento da fábrica de multas foi um alento para a população já explorada com tantos tributos. A sanção passou a ter caráter pedagógico, não visar ao lucro. Mantida a finalidade preventiva, o índice de acidentes graves até diminuiu.
A reforma da ciclovia central e sua extensão rumo aos bairros mais populares foram outros trunfos. O trânsito é constituído por motoristas, pedestres e ciclistas. A ecológica bicicleta é uma tradição jacareiense hoje incentivada.
Por falar em tradição, o comércio e o consumidor comemoraram a volta do estacionamento na Rua Barão de Jacareí. Não houve prejuízo à fluidez do tráfego. Palmas à oitiva democrática.
O trânsito de caminhões pelo centro envenenava a qualidade de vida dos habitantes, mas era solenemente ignorado pelos valorosos governantes anteriores. A definição das rotas aos veículos pesados, embora trabalhosa, valeu a pena. O problema que se eternizava foi resolvido e a paz interiorana voltou a reinar.
Resta aguardar o desate do nó górdio da zona azul (será preciso coragem para informatizar de vez o sistema e sepultar os obsoletos parquímetros) e de vez em quando se lembrar de reforçar a apagada pintura das faixas da movimentada Avenida São João.