Acabou a primeira fase da Copa do Mundo. Por incrível que pareça, o grande protagonista do espetáculo não foi um craque dos gramados, mas a tecnologia das telas de alta definição.Os árbitros assistentes de vídeo (conhecidos pela sigla VAR, em inglês) roubaram a cena e incluíram uma nota de suspense aos momentos mais polêmicos das partidas.
A parafernália trabalhou bem até aqui. Os lances de bola na linha também são examinados por imagens instantâneas e a paralisação leva somente um bocadinho, sem comprometer o ritmo do jogo.
Com o auxílio das lentes, o árbitro principal parece desempenhar sua função com mais tranquilidade, sem o grave ônus de assumir sozinho o peso da incerteza na decisão subjetiva de algum aspecto decisivo.
A ampliação e a uniformização dos descontos, após o esgotamento do tempo regulamentar, foram outro detalhe relevante. A tradicional cera agora é combatida com substanciais cinco minutos complementares.
Para aprimoramento, falta apenas negar o desconto quando beneficiar quem intencionalmente causou os atrasos. Por exemplo, uma seleção que amarrou o zero a zero com artimanhas o tempo todo e sofre gol no finalzinho.
Outro ponto a ser melhorado é o regulamento nos jogos finais da primeira fase. Os candidatos em melhores condições na tabela ficam atentos à formação das chaves eliminatórias e fazem jogo de compadres para fugir de adversários mais fortes na sequência.
A solução encontrada pela FIFA - jogos no mesmo horário - foi insuficiente para coarctar a prática antidesportiva, além de atrapalhar a vida dos fãs que se dispõem a assistir a todos os jogos do torneio.
Para aumento da competitividade na rodada final da primeira fase, melhor seria se os primeiros colocados de cada grupo ganhassem vantagem de jogar pelo empate nas oitavas.
Doravante, as procelas são eliminatórias. Vencedores sobrevivem, derrotados dão adeus e voltam para casa. Na hipótese de empate, haverá prorrogação e disputa de pênaltis. Haja coração, amigos!
O Brasil cresce jogo a jogo e permanece favorito. O televisivo STF resolveu apoiar o sofrimento da torcida e definiu: para cada gol da Seleção, a 2ª Turma solta um corrupto. Vitória do colarinho branco.