Complicada de entender para a maioria dos leigos, religiosos e para quem estuda a Bíblia Sagrada, a obra de São João terá em breve nova e original interpretação em livro que poderia ser intitulado 'Apocalipse segundo BSL'. Não será esse o nome, diz o filho brilhante, professor Benedicto Sérgio Lencioni. Provavelmente o 12º trabalho escrito pelo jacareiense trará como título apenas 'Apocalipse'.
A novidade é que o livro será formado por um conjunto de sonetos. Cada poema narra trechos apocalípticos no formato clássico de 14 versos rimados. Lencioni ao pesquisar sobre a vida e filosofia do Cristo deparou com uma passagem que o remeteu ao último livro da Bíblia, e daí nasceu a ideia. O formato soneto deve-se ao fato 'dessa forma poética ser mais apropriada para assuntos instigantes'.
'Na essência, o mundo de hoje não mudou nada quanto às guerras sem sentido, desigualdades sociais e tantos outros flagelos', explica. E a palavra apocalipse, que se traduz por 'revelação', também se ajusta de maneira indiscutível aos dias atuais. Fome, guerra, revoltas da natureza em forma de furacões, tempestades, terremotos, pragas e pandemias podem significar um 'basta' e provocar mudanças na humanidade que sem tais 'avisos' não aconteceriam. Portanto, 'se houve mudança é sinal de que havia algo errado'.
Finalizando, Lencioni lembra que todos nós estamos sujeitos às leis da natureza, queiramos ou não. Os homens precisam de vez em quando levar 'uma chacoalhada' para ver se entram no eixo. Ou eles aprendem por meio de muita leitura, estudo, cultura e prática na tolerância para com o próximo ou a mãe natureza os assustará periodicamente com seus avisos. Semelhante a pais e mães de antigamente que nos castigavam quanto a 'não deixar chinelos virados, não tomar banho depois da refeição, não ingerir leite com manga...'
'A diferença é que a mãe natureza pega bem mais pesado'.