É fato notório que condestáveis encastelados na metrópole lindeira tentam, por métodos sistemáticos e intransigentes, agrilhoar Jacareí à triste sina de dona da pensão onde se amontoa a sudra.
Entretanto, exige o bom-senso reconhecer que, de 2017 para cá, malgrado o prolongamento residual dos efeitos da crise, nossa cidade retomou seu caminho de desenvolvimento.
Crescimento e desenvolvimento são conceitos próximos, contudo divergentes. Crescer é tão só aumentar de tamanho, por vezes desordenadamente. Desenvolver-se envolve muito mais, é ganho de qualidade, caminhões fora do centro, aprimoramento constante.
O trânsito humanizado é motivo de ufania para Jacareí. É prática corrente e espontânea do condutor afonsino respeitar a faixa de pedestres. Nosso modelo extrapola a mentalidade do Vale do Paraíba. Ombreia-se à consciência plena do cidadão de Primeiro Mundo.
A população decidiu nas urnas substituir os administradores festeiros. Como efeito colateral da escolha soberana, os buracos da malha viária que se eternizavam pelos bairros esquecidos deixaram de comemorar aniversário.
Enquanto novas indústrias e grandes empreendimentos desembarcam no Município, a Renovação Burguesa mandou fechar a fábrica de multas de trânsito, sem tanto alarde e sem majorar as estatísticas de acidente.
Se a postura predatória dos marronzinhos era tema predominante no balcão das padarias, hoje a conversa retornou para a tradicional análise meteorológica e futebolística.
Claro, ainda existem motoristas habilitados imaturos ou inconscientes ao volante. Pais parados em fila dupla na saída escolar, boys ostentando som alto, gente que se acha piloto de grande prêmio. Mas é franca minoria.
O esmagadora universo dos condutores jacareienses sabe que a circulação é o objetivo primordial dos leitos veiculares, que o trânsito seguro é direito estendido aos pedestres e que encontra nos agentes de trânsito locais uma autoridade orientadora.
Cabe somente ressalvar que cortesia tem limite legal. O motorista não deve estimular que outrem atravesse a rua fora da faixa, para não ampliar o risco de atropelamento do pedestre.
Outra regra importante, nem sempre lembrada: existindo semáforo na faixa de pedestres, prevalece a cor indicada no farol. Ou seja, o circulante a pé deve aguardar o sinal fechar aos veículos para atravessar pela faixa.