Debate sobre a Escala 6x1
A jornada 6x1 se baseia na CLT, que fixa o máximo de 44 horas semanais de trabalho com um dia de descanso remunerado.
O equilíbrio entre a saúde do trabalhador e a produtividade empresarial é um dos principais desafios para os empresários. A assunto ganhou destaque com a discussão sobre a redução da jornada e as condições de trabalho em escalas intensas, como a 6x1, em que o empregado trabalha seis dias consecutivos e tem um dia de descanso. A escala 6x1 é uma prática em que o trabalhador exerce suas atividades por seis dias consecutivos, possuindo um dia de folga (preferencialmente aos domingos).
A jornada 6x1 se baseia na CLT, que fixa o máximo de 44 horas semanais de trabalho com um dia de descanso remunerado. Embora a CLT não mencione especificamente o modelo 6x1, a interpretação da lei permite que as empresas a utilizem para otimizar operações, especialmente em setores como o comércio, hospitais e indústria.
No entanto, essa estrutura vem sendo cada vez mais questionada quanto ao impacto na saúde e no bem-estar dos trabalhadores, em razão da carga de trabalho exaustiva, acabam vivendo apenas para trabalhar.
Atualmente, tramita uma proposta de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso, que visa acabar com a escala 6x1 e reduzir a carga horária semanal para 36 horas. O projeto encontra-se em fase de coleta de assinaturas, buscando apoio entre parlamentares. Caso a proposta avance, resultará em uma jornada de quatro dias de trabalho por semana. Essa mudança é apoiada pelo argumento de que jornadas excessivas e escasso descanso afetam negativamente a saúde física e mental dos trabalhadores, além de comprometerem o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Se aprovada, a mudança afetará diretamente as empresas, que precisarão adaptar suas operações para manter a produtividade sem prejudicar a qualidade de vida dos empregados. Apesar de gerar preocupações em alguns setores, estudos recentes indicam que uma jornada reduzida pode elevar o engajamento e a produtividade dos trabalhadores. Essa abordagem tem conquistado apoio, com empresas que adotaram semanas de trabalho mais curtas.
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