Terça, 03 Dezembro 2024

Demissão Silenciosa

Demissão Silenciosa

O 'quiet quitting' é uma forma de resistir a essa pressão, concentrando-se apenas nas tarefas para as quais foi contratado e evitando tarefas extras e horas extras. 

A demissão silenciosa ou 'quiet quitting' é um movimento que vêm se mostrando crescente nas relações de trabalho e emprego, pois muitos trabalhadores estão buscando equilíbrio entre suas vidas profissionais e pessoais. A questão se mostrou especialmente verdadeira após a pandemia, quando muitas pessoas passaram mais tempo trabalhando de casa e enfrentando o estresse e a pressão de fazer mais com menos recursos.

O 'quiet quitting' é uma forma de resistir a essa pressão, concentrando-se apenas nas tarefas para as quais foi contratado e evitando tarefas extras e horas extras. No entanto, ele também tem implicações negativas para as empresas e para os trabalhadores. Por um lado, as empresas podem sofrer prejuízos se os funcionários não estiverem dispostos a fazer mais do que o esperado. Por outro lado, os trabalhadores podem perder oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional caso se concentrem apenas no básico.

Para lidar com o fenômeno 'quiet quitting', as empresas podem considerar a implementação de programas de trabalho flexíveis, como o trabalho remoto ou o trabalho híbrido, que permitem que os funcionários equilibrem suas vidas profissionais e pessoais. As empresas também podem oferecer treinamentos e programas de saúde mental a fim de auxiliar os funcionários a lidar com o estresse e a pressão.

Para os trabalhadores, é importante lembrar que esse tipo de relacionamento pode ter consequências negativas a longo prazo. É importante encontrar um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, mas isso não significa ignorar completamente o trabalho ou se recusar a fazer tarefas extras. Ao invés disso, os trabalhadores podem procurar formas de lidar com o estresse.

Em resumo, o fenômeno 'quiet quitting' é um movimento crescente no mundo do trabalho, mas também tem implicações negativas. As empresas deverão se adaptar aos novos anseios dos trabalhadores e rever os padrões de produtividade até então baseados essencialmente na presença do local de trabalho, proporcionando melhores condições para atrair talentos e estabelecer regras claras inclusivas e que privilegiem a saúde mental dos trabalhadores. A questão é saber se este movimento será capaz de transformar as relações trabalhistas e o Direito do Trabalho. 

 

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