O maior laboratório farmacêutico do Brasil chama-se EMS. A empresa está em funcionamento há seis décadas, é 100% brasileira, lidera faz 17 anos o mercado em que atua e, desde 2013, o segmento de genéricos também.

A EMS ostenta uma trajetória de sucesso. Nasceu em São Bernardo do Campo, no ano em que se inaugurou o Regime Militar, e foi aos poucos expandindo suas fábricas a outros pontos do território brasileiro, como Hortolândia, Jaguariúna, Manaus e Brasília.

No total, referida empresa conta com mais de seis mil funcionários, produz anualmente um bilhão de caixas de remédios, exporta seus produtos para 55 países e até virou transnacional, pois recentemente abriu uma fábrica na Sérvia.

Em prol da sociedade, a EMS desenvolve e apoia projetos de responsabilidade social (mais de 36), ambiental (inclusive financiando o filme Rios Voadores), cultural (só entre museus, sete são patrocinados pela empresa) e de cunho esportivo (dentre outros, o custeio de três triatletas transplantadas).

A restauração e a revitalização do Museu do Ipiranga foram patrocinadas pela EMS. A experiência foi marcante, visto que a empresa acabou até picada pelo bichinho monárquico e, com isso, deu início à formação de seu próprio acervo particular de aquisições de objetos imperiais brasileiros.

Adquirida em casas de leilões pelo mundo afora, parte dessa coleção está ofertada à visitação pública, na exposição Memórias do Império, que se encerra neste final de semana, em Campinas, mas que será montada, doravante, noutras metrópoles nacionais.

Os objetos, fotos e quadros são literalmente majestosos. Destacam-se o relógio de coluna da Imperial Fazenda de Santa Cruz e os vasos de porcelana francesa da Princesa Isabel. De quebra, o restante valioso do acerto está disponível em mídia visual, instalada bem na entrada.

O único senão fica destinado à curadoria. A grife marxista USP mais desinforma que educa. A visão histórica crítica mais contemporânea e adequada ao tema seria do Iluminismo, Revolução Francesa e Independência Americana.