O Serviço Extrajudicial Delegado de Registro Civil de Pessoas Naturais, mais conhecimento como cartório do registro civil, desempenha notável papel de cidadania no Brasil. Graças a esse estabelecimento, as regras da Constituição saem do papel e o ser humano se torna efetivamente sujeito de direitos e deveres no mundo real.

Referido cartório lavra os registros de nascimento, casamento, óbito e outros fatos trágicos que acontecem na trajetória de vida das pessoas, como é também o caso do registro das sentenças de interdição, que declaram se tratar de um incapaz e indicam quem é oficialmente responsável pelo deficiente mental ou totalmente incapacitado físico.

Graças a seu vasto e zelado arquivo, o cartório de registro civil armazena documentos que permitem vasta pesquisa histórica e até mesmo reconstrução de árvores genealógicas. E tudo muito moderno, pois as certidões são obtidas pela internet e até mesmo de qualquer outro cartório do Brasil, tudo acessado diretamente de Jacareí, a dispensar longas viagens e deslocamentos físicos.

O controle estatístico proporcionado pelo registro civil também é fantástico. É possível saber, por exemplo, que o amor está em alta: o número de novos matrimônios aumentou no ano passado, foram cerca de 1350 na cidade. Para tanto, o cartório conta com 20 funcionários, a ampla maioria do sexo feminino (para o serviço sair com aquele capricho) e de Jacareí (mas há uma proveniente da vizinha Santa Branca).

A quantidade de meninos é equivalente à de meninas, nos tempos atuais. Já não há mais aquele mito de três mulheres para cada homem. Os nomes mais registrados atualmente em Jacareí são Miguel e Maria Alice, seguidos de Gael e Helena.

O que o pessoal chama leigamente de 'dono de cartório' é o cargo legalmente intitulado Oficial Delegado Registrador. O do registro civil de Jacareí dá-nos o privilégio de contar com um dos mais renomados professores e escritores de obras jurídicas do país, referência em matéria registrária e atuante conselheiro da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

A ombrear, sem sombra de dúvida, nossos fulgentes tabeliães e o sempiterno registrador imobiliário, outras autoridades do inegável rigor registrário afonsino.