Terça, 28 Janeiro 2025
Rodrigo Romero
Rodrigo Romero é jornalista e escreve sobre cinema para o Diário de Jacareí semanalmente.

O protótipo da 'esquerda festiva'

Lançado no início do mandato do presidente republicano Richard Nixon (1969-74), trabalhou a dúvida existencial de muita gente da época. 

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  • Perto de completar 85 anos (22 de abril) e longe das telonas desde 2010 ('Como Você Sabe', um dos piores filmes do século 21), Jack Nicholson foi tema desta coluna muitas vezes. Na de hoje comento 'Cada um Vive como Quer' (1970). Rodado durante o inverno, em 40 dias, e com modesto orçamento de 900 mil dólares, foi o 1º trabalho dele como protagonista. Lançado no início do mandato do presidente republicano Richard Nixon (1969-74), trabalhou a dúvida existencial de muita gente da época: o 'american way of live' (modo de vida americano) estava em xeque e, ao mesmo tempo, parte da população de trinta e poucos anos achava estar velha à outrora contracultura dos anos 60.

Wise tateando

A história se passa em 1831, em Edimburgo, capital da Escócia. 

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  • Diretor, roteirista e produtor, Robert Wise (1914-2005) queria ser jornalista na adolescência. A chamada 'Grande Depressão' iniciada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, no fim de 1929, cancelou o plano. Foi parar na RKO Pictures, distribuidora de filmes fundada em 1928, com a função de carregador de latas de películas.

Cuba nua e crua

A revolução bolivariana está com 16 anos, já mergulhada na ditadura castrista, e aparentemente caminha bem.  

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  • 'Estamos em 1975. O regime parece funcionar'. É dessa forma que o então novato cineasta Jon Alpert descreve o que vê. 'Cuba e o Cameraman' (2017), documentário da Netflix pouco divulgado pela imprensa porque mostra a derrota da esquerda, se inicia assim. Munido da 'nova câmera', Jon viaja ao país à cata de histórias.

Três minorias

Escrevi algumas colunas sobre documentários produzidos por eles e reforço aqui a recomendação da audiência. 

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  • Antifascistas / Geração sem gênero / Vidas (negras) importam. Eis mais um trabalho fabuloso do Brasil Paralelo (BP), empresa de cinema chamada de 'Netflix da Direita' pela Folha de SP. Escrevi algumas colunas sobre documentários produzidos por eles e reforço aqui a recomendação da audiência.

Destino e azar

Em 2010, o escritor Luís Mir lançou 'O Paciente: O Caso Tancredo Neves', que desenrola o novelo e o calvário do político mineiro. 

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  • Qualquer um que saiba o básico do básico da recente história brasileira conhece os acontecimentos envolvendo a doença e a morte do presidente eleito de forma indireta e que não tomou posse. Em 2010, o escritor Luís Mir lançou 'O Paciente: O Caso Tancredo Neves', que desenrola o novelo e o calvário do político mineiro (1910-85), onde narra bastidores e confusões da equipe médica que o assistia, numa sucessão de fracassos de cirurgias.

Adeus a Donner

Donner e a trupe de malucos toparam, há 46 anos, transportar o mundo mágico do homem que voava com a cueca por cima da calça, dos quadrinhos às nossas ingênuas fuças. 

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  • Seis meses atrás morreu o diretor Richard Donner, aos 91 anos. Se você não está ligando o nome à pessoa, desenvolvo: foi um dos responsáveis por levar às telonas o primeiro longa-metragem bem-sucedido de super-herói - 'Superman' (1978), o filme que fez a minha cabeça e a de tantas crianças e adolescentes nos últimos 30, 40 anos.

O filme que Bergman rejeitou

A empreitada, anticomunista, não é ruim em seu todo. 

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  • Não era segredo que o diretor Ingmar Bergman odiava ter feito 'Isso Não Aconteceria Aqui' (1950), filme sobre um espião nazista. Encarou a trama apenas por dinheiro e minutos após dizer seu último 'corta' estava arrependido. A empreitada, anticomunista, não é ruim em seu todo.

Dois anos sem ir ao cinema

As redes de exibição de filmes do Vale do Paraíba demitiram funcionários por terem permanecido trancadas ao longo de meses.  

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  • Em dezembro de 2020, neste espaço, comentei sobre ter ficado 1 ano sem ir ao cinema, por causa da pandemia. Pois bem: 12 meses se passaram e, de novo, não fui ao cinema. As salas (algumas) estão reabertas, mas preferi me ausentar. As redes de exibição de filmes do Vale do Paraíba demitiram funcionários por terem permanecido trancadas ao longo de meses e, ao descortinar a telona após as liberações, o público, receoso (muito pelo pânico alastrado pela imprensa), se recusou a frequentar o estabelecimento.

A grande confusão

Os problemas iniciaram logo. O faz-tudo tinha talento zero à interpretação. Os desentendimentos se multiplicaram. 

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  • O clássico noir 'Chinatown' (1975), na cabeça do roteirista Robert Towne, seria o capítulo 1 da trilogia de Gittes (Jack Nicholson). Vendeu a ideia ao xará Evans, produtor do original, que acatou: Towne redigiria, dirigiria e faria uma ponta na tal continuação. Os problemas iniciaram logo. O faz-tudo tinha talento zero à interpretação. Os desentendimentos se multiplicaram.

Rumo a Otisburgh

Na aventura do super-herói, deu vida a Otis, ajudante rechonchudo e atrapalhado de Lex Luthor (Gene Hackman).  

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  • O convite para o ator Ned Beatty, que morreu há 6 meses, 23 dias antes de completar 84 anos, participar de 'Superman: O Filme' (1978) foi do próprio diretor Richard Donner. Ned acabava de filmar 'Exorcista: O Herege' (1977), a continuação pavorosa da fita de terror que sacudira o mundo 4 anos antes e estava com 2 longas paparicados na praça: 'Rede de Intrigas' (1976, pelo qual foi indicado ao Oscar de coadjuvante, no papel de Arthur Jensen) e 'Todos os Homens do Presidente' (onde fez uma ponta).

Charles Bronson e a resistência

Bronson iniciou a carreira após os 30 anos, em faroestes (participou de 'Era uma Vez no Oeste'). Antes de qualquer set, serviu no exército dos EUA na Segunda Guerra (1939-45).

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  • Esta é uma coluna em homenagem aos meus pais. Isto porque me lembro, em fins da década de 1980 e começo da de 1990, de eles irem à locadora (VHS, claro) e alugarem fitas do Charles Bronson, que se estivesse vivo chegaria aos 100 anos de idade agora, dia 3 de novembro. Esses longas-metragens eram, em geral, os 5 'Desejo de Matar' (1974-1994), série na qual o já bigodudo Bronson, contando 50/60 e poucos anos, encarnava o pacato arquiteto Paul Kersey, morador de Nova Iorque.

O clássico 'terrir'

A história se passa no fim do século 19, quando uma funerária passa por dificuldades financeiras.  

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  • Se na semana passada escrevi sobre um filme que enganou o público ao anunciar Boris Karloff e Bela Lugosi juntos, o que você diria de um que agrupasse Karloff, Vicent Price e Peter Lorre? Sim, em 'Farsa Trágica' (1963, 'Comédia do Terror' no título original - na íntegra no youtube) isso ocorre, e num longa-metragem típico do 'terrir', o terror que insere a comédia no meio com aquele humor negro que todos nós gostamos.

Ingredientes enganadores

Para salvar a vida do amigo, Ernest faz um procedimento arriscadíssimo: transplanta o cérebro do malfeitor ao professor.  

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  • Ter Boris Karloff e Bela Lugosi no elenco de um filme cujo título é 'Sexta-Feira 13' faz a gente imaginar o terrorzão na tela. Certo? Errado. A produção de 1940 junto 2 dos grandes ícones do horror do cinema para filmar uma história de... ficção científica! Isso mesmo.

PPC: A saga do lixo

Começa com o marxismo cultural, que tem a ver com revolução cultural chinesa, envolve a Escola de Frankfurt e 2 ideólogos: Antonio Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria). 

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  • Terminei a coluna da semana passada dando exemplos de filmes, músicas e desenhos cancelados pela PPC, Patrulha do Politicamente Correto. Hoje explico como se dá isso e a origem. Sim, há método elaborado com narrativas impostas pela turma cheia de ódio nas veias. Começa com o marxismo cultural, que tem a ver com revolução cultural chinesa, envolve a Escola de Frankfurt e 2 ideólogos: Antonio Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria).

Como chegamos na PPC

A saga da liberdade seguia e tínhamos a banheira do Gugu, as letras inacreditáveis dos Mamonas e as brincadeiras esdrúxulas da turma do 'Pânico'. 

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  • Em 1972 as cores chegaram à TV. Poucos aparelhos, na verdade, pois eram caríssimos. Consequência? Todos começaram a nos empurrar cores. Basta lembrar como eram paletós e camisas de Sérgio Chapelin e Cid Moreira no Jornal Nacional. Era reação à escassez do preto-e-branco que vinha desde 1950. Pego este exemplo e pulo para 1985: fim do Regime Militar após 21 anos - desse modo, fim da censura.

Um Ed Wood típico: ruim e ótimo

Não acaba aí: depois, temos o defunto que levanta do caixão e conforta os clientes. É Ed Wood na veia aos que sabem da fama de 'O Pior Diretor do Mundo'.

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  • O grande momento de 'Noite das Assombrações' (1959), de Ed Wood, é a sessão espírita comandada por Dr. Ácula (sacou o trocadilho?): sentados, estão Ácula, na ponta, do lado direito os 'fregueses' que buscam informações dos mortos, e do esquerdo 3 caveiras com perucas - no desenrolar 'surgem' fantasmas: um que toca corneta (efeito especial: pendurá-la num fino barbante), o outro está coberto pelo lençol branco.

Descubra 'A Casa Sinistra'

Apesar de ser uma das fitas menos conhecidos de Karloff, com desfecho fraco, o que temos são cenas inovadoras à época. 

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Que é que há-lho?

 No humor, tal qualidade é vital ao sucesso do artista.

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  • A pausa é a grande característica do bom ator. Quem a domina se sobressai. No humor, tal qualidade é vital ao sucesso do artista. E, neste mundo das risadas, ninguém soube dar 'a pausa' melhor do que Walter D'Ávila. Há pouco tempo, em abril, a morte dele completou 25 anos (tinha 84 - nasceu em Porto Alegre - RS, a 29/11/1911).

Toscos tempos esses

Sempre nos deparamos com pessoas que se movem mexendo no celular  

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  • 'Jexi: Celular sem Filtro' (2019), para início de conversa, é bobo, desalentador, desconcertante. Todavia, aborda o tema do momento: vício na vida virtual, dependência excessiva da internet, celular, cabeças ocas enfim. O diretor Jon Lucas (roteirista de 'Se Beber não Case 1', 2009) pegou a ideia de 'Ela' (2013) e tentou parodiar de forma exagerada.

Um dos grandes

O problema se avoluma de tal ordem que na fase da sarjeta ele apenas deseja obter algumas moedas e continuar se embriagando 

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  • Nestas quase mil colunas sobre cinema e afins há quase 18 anos no mesmo jornal notei que nunca teci comentários sobre 'Farrapo Humano' (1945), um dos grandes filmes da história e, com certeza, o que melhor abordou o alcoolismo (sem glamourização então vigente, nisso e no cigarro, gestos, elegância do copo na mão etc).
       
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