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Filme de terror

Filme de terror

A atuação da bela Ana de Armas, nova queridinha de Hollywood, deixa o longa-metragem menos denso.

'Blonde' (2022, Netflix) é veia aberta, desnecessariamente, voltada ao mundo de alucinações, desilusões, medos, decepções, frustrações, onde o horror da loucura povoava a mente da lenda Marilyn Monroe (1926-1962) de maneira quase incessante. A atuação da bela Ana de Armas, nova queridinha de Hollywood, deixa o longa-metragem menos denso, ainda que ela ofereça curvas e olhos penetrantes como 'sacrifício' e determinadas sequências de mau agouro nos faça querer ir ao banheiro vomitar, como a do primeiro aborto.

Praticamente 90% (ou mais) do enredo é imaginação da cabeça do diretor-roteirista Andrew Dominik. Ele se baseia no livro fantasioso de Joyce Oates, que (des) trata a estrela loira como desvairada, tonta, depressiva que odeia a própria vida. Na trama, os homens em volta de Marilyn são retratados como abusadores, o que não é verdade. A aparência de filme de terror se consolida no passar dos (intermináveis) minutos.

Há mentiras crassas, abjetas, como, por exemplo, o relacionamento simultâneo com 2 homens, sendo um filho de Chaplin, Júnior, que, em 'Blonde', morre antes dela (foi 6 anos depois!). Durante a exibição dá a sensação de que Dominik quis estragar o seu trabalho por não simpatizar com a personagem ou, o que é grave, querer 'lacrar' com supostas teses machistas-religiosas, nova mania da Academia de Artes Cinematográficas, que deseja barrar mulheres lindas em cena e taxa-as como loucas com trajetórias desgraçadas. Por que isso?

Sabe-se que Marilyn: 1) teve mãe esquizofrênica; 2) Joe Dimaggio, astro do beisebol mundial, a maltratou no casamento, inclusive com agressões físicas; 3) tinha dificuldades em decorar textos; 4) teve muitos abortos. Porém, surtos em filmagens, repulsa ao sexo são aviltantes exageros. A indicação de Ana no Oscar foi válida. A entrega ao papel é emocionante. Julianne Nicholson (sem parentesco com Jack), como Gladys, a mãe, também está ótima. Para aí. No mais, 'Sete Dias com Marilyn' (2011), com Michelle Williams (outra beldade) na pele da musa, nos dá melhores takes de como a protagonista de 'Quanto Mais Quente, Melhor' (1959) se comportava, libidinosamente, nos bastidores dos sets, provocante, além de a fita da década passada ter bom gosto. Duração de 'Blonde': 167 minutos. Cotação: ruim. 

 

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Domingo, 28 Abril 2024

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