Claro que neste caso 'gaita' está no bom sentido. Falo do mais novo Filho Brilhante, o carioca que recentemente adotou Jacareí por opção. Adriano Adiala, gaitista que abraçou o projeto ousado de transformar meninos carentes em gaitistas exemplares de primeira linha. O diferencial é que com três aulas o aprendiz solo ou pertencente de um grupo musical desse instrumento já consegue tirar as primeiras músicas. Com seis aulas, então, o repertório, a técnica e o domínio do instrumento aumentam; em pouco tempo, o aprendiz já se apresenta em público, e só com mais um pouquinho ele já pode tornar-se um gaitista profissional.

O portfólio de Adriano é imenso. Recortes de jornais, fotos de grupos de escolares formando conjuntos musicais ou músicos solos formam um arquivo imenso. Muitos alunos são do exterior. Domingo passado (26) ele apresentou-se solo Viveiro Seu Moura, em Jacareí, participando de alguns números do conhecido conjunto 'Colcha de retalhos', e o sucesso foi indiscutível, com vários convites para apresentações de todo o tipo em Jacareí.

Adriano é membro da Academia Brasileia de Letras e Artes, com sede em São Paulo, e foi convidado para a Academia Jacarehyense de Letras, convite aceito de pronto.

O mais gratificante projeto que Adriano mantém é o já citado de meninos carentes, até pelo formato: Você deve estar se perguntado 'como é que uma criança carente pode comprar uma gaita de boca cuja nas acessível custa R$ 50,00? Simples: Adriano também doa o instrumento: já foram 1.500 gaitas em um ano e cerca de 15.000 nos 31 anos de existência do projeto.

Modestamente, Adriano diz que ele não conseguiria esse feito se não fosse a participação de terceiros com doações de particulares que apadrinham o estudante. Porém nada seria feito não fosse a iniciativa dele abrilhantada por suas audições do instrumento sempre atrativas com pessoas que espontaneamente colaboram com doações. Gaita é sempre bem-vinda.