Por Redação em Domingo, 01 Outubro 2023
Categoria: Geral

Biólogo explica causas e dá dicas de segurança

Nos últimos cinco anos, no Brasil, foram registrados 100 mil casos de acidentes por picadas de abelhas.  

As abelhas desempenham um papel fundamental na polinização e na produção de mel, mas quando ameaçadas, podem atacar, representando um risco para humanos e animais. A gravidade da intoxicação depende da quantidade de veneno introduzida no organismo e da sensibilidade individual a possíveis reações alérgicas.

O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabrício Escarlate, esclarece os mecanismos de defesa, a causa dos ataques e aponta a relevância das abelhas para o ecossistema e segurança alimentar.

NÚMEROS
Nos últimos cinco anos, no Brasil, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 100 mil casos de acidentes por picadas de abelhas, dos quais 303 resultaram em óbito. Os sintomas clínicos de uma única picada podem variar de uma simples inflamação local até uma reação alérgica grave, como o choque anafilático.

As reações tóxicas locais costumam incluir dor, inchaço e vermelhidão na área afetada. O perfil das vítimas de ataques costuma ser de homens entre 20 e 64 anos. Óbitos são mais frequentes em pessoas acima dos 40 anos.

De acordo com o professor, a defesa é uma estratégia de sobrevivência, não agressividade, e varia entre diferentes espécies de abelhas. Durante o ataque, elas liberam feromônios, que atuam como um chamado de socorro para a colônia. "Esses feromônios se dispersam no ar, alcançando outros indivíduos, que se mobilizam para o ataque", afirma. 

O tamanho da colônia não é, em si, um indicador da probabilidade de ataque. "Enxames maiores têm mais indivíduos para responder a uma intrusão, tornando o ataque potencialmente mais perigoso. No entanto, o fator decisivo é a percepção de ameaça pelas abelhas", reforça.

SERVIÇO
AO SOFRER UM ATAQUE DE ABELHAS
Dicas de segurança

Procure não correr nem se debater, pois isso pode agravar a situação;

Busque atendimento médico o mais rápido possível;

Dependendo do caso, pode ser necessário chamar os bombeiros, o SAMU ou outros serviços de emergência;

Tente sair da situação andando devagar, mesmo que leve algumas picadas e sinta dor;

Mantenha a calma, mesmo que seja difícil. Entrar em pânico ou desespero é a pior reação. 

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