A Constituição brasileira não diz, no artigo 196, que 'A saúde é um dever de todos e um direito do Estado?!' Claro que não diz tamanho absurdo, conforme você sabe. Infelizmente, ao que parece, é assim que pensam os principais responsáveis para que muitas coisas venham acontecendo, nesse importante setor.

Jacareí – ou melhor – a população de Jacareí, muitas vezes sofre sérias consequências, inclusive fatais, por não ser atendida na rede pública de Saúde com eficiência, humanidade ou cidadania em tal princípio constitucional básico, apesar dos muitos esforços até heroicos dos que levam a coisa a sério.

Esta semana, houve prova disto, quando o presidente da Câmara Municipal, vereador Abner Rosa (PSD), mais uma vez não colocou para votação um requerimento que pedia o debate e a votação do projeto que acaba com a intervenção da Prefeitura na Santa Casa de Misericórdia.

O pedido deu entrada no Legislativo por iniciativa de sete vereadores que dão sustentação ao prefeito, sob a alegação de que haveria prejuízo de mais de R$ 17 milhões/ano se a devolução não acontecesse, situação refutada pelo grupo opositor.

Outra, de várias conclusões ruins geradas pela atitude do presidente da Casa, é a dúvida do que poderia estar 'por trás' de suas constantes negativas. Porém, a mais evidente é a de que a presidência é quem decide o dia, mês e ano em que um projeto pode entrar na pauta de votação, a chamada 'Ordem do Dia', seguindo prerrogativas estabelecidas pelo Regimento Interno.

'Em qualquer previsão aparente, o resultado final só pode ser decidido no voto'. Afinal, o legislativo é uma entidade única e de normas claras', diz o grupo favorável. Pelo menos quatro grupos foram formados, no decorrer do processo: o maior, composto pelos sete vereadores apoiadores do Executivo; e três menores que, embora divergentes em alguns pontos, não são favoráveis ao fim da intervenção.

E quanto à população eleitora?! Ora, os eleitores...

É a nossa opinião.