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É uma vez...

Editorialdinheiro público

É uma vez...

Espelhando-se na CLT, o vereador em Jacareí não poderia, então, ser demitido em caso de incompetência?  

A UNESP (Universidade Estadual Paulista) de São José dos Campos terminou sexta-feira (16) mais um curso livre de 'Contação de Histórias'. Dentre os 'formandos', pelo que se constatou, não formou ninguém que pudesse associar a técnica aprendida à política da semana.

Não é esta a intenção do curso, que fique claro, mas isto só valoriza o potencial do programa, oficialmente destinado a adultos que tenham como foco entreter crianças de todas as idades (inclusive 'adultas') para uma vida mais competente e digna.

Esta semana diversas câmaras municipais aprovaram aumento de salários dos respectivos vereadores, 1/3 para férias e 13º salário, estes dos últimos em Jacareí. Só em São José dos Campos foram 86% de reajuste para parlamentares, além de outras país a fora, como se os vencimentos públicos fossem ligados à CLT. A população mostrou-se contrária a tais medidas apenas justificadas quando de uma legislatura (atual) para outra (que começa em 2025).

Em Jacareí houve protestos à boca pequena. Verdade que alguns vereadores tentaram se justificar com histórias, porém 'mal contadas' que não sensibilizaram a opinião pública, comprovando o que afirmamos de início. O que faz, então, uma história funcionar, conforme os cursos específicos de contação? Vejamos:

1-Entonação da voz, gestos, dramatização e (bingo!) 'conhecimento do público alvo'. Esqueça. Confira pela TV Câmara, se o que se viu obedeceu a tais requisitos;

2-Exemplos ilustrados que justificassem necessidade. (Uma representação mímica ajudaria muito). Nada houve.

3-Frazes ditas na ordem direta, obediência à pontuação subindo nas vírgulas e parando nos pontos finais. Longe disto se observou.

Claro que estamos aqui usando como exemplo técnicas de contação recomendadas que choquem o leitor, principalmente pela ironia, para despertar sua capacidade de indignar-se. Cabe a quem discorda com os reajustes, perguntas do tipo: espelhando-se na CLT, o vereador não poderia, então, ser demitido em caso de incompetência? Todo celetista tem patrão que controla seu trabalho, e por aí vai, pelo que se vê, 'é uma vez...'

É a nossa opinião. 

 

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Sábado, 04 Mai 2024

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