A lei imita a vida
Interessar-se por assuntos nacionais vai influir no resultado das eleições municipais
A população brasileira mostra-se interessada em compreender e comentar as peripécias dos três poderes. Pode-se observar isso ao conversar com qualquer pessoa sobre a situação do país. Ela talvez não se lembre de nomes de autoridades e atores envolvidos no assunto em discussão, mas vai demonstrar conhecimento sobre o tema e até possuir opinião fechada sobre ele.
O interesse é positivo. Porém, o desconhecimento de maiores detalhes e nomes é ruim. Interessar-se por assuntos nacionais vai influir no resultado das eleições municipais que vão acontecer a pouco mais de dez meses. A escolha de representantes para o município é um bom treinamento para chegarmos com mais convicção às eleições maiores de 2022.
Existe, ainda, uma realidade mais preocupante, resultado também das mesmas peripécias: a população está insegura e com medo. Sabemos, pelas notícias, que o suposto participante de um rumoroso caso de assassinato no Rio de Janeiro, mora num condomínio de luxo daquela cidade. Vale a pergunta: Que adianta viver fechado em muros de concreto e cercas eletrificadas, vizinho, dentro da mesma fortaleza, de um ser perigoso?!
A decisão do STF de quinta-feira (7), sobre o fim da prisão de condenados em segunda instância, vai manter em liberdade qualquer suspeito de alto calibre que tenha recursos para 'empurrar com a barriga' uma sentença final por anos e anos. No caso, o 'perigoso' sim estará protegido.
Para dimensionar mais os fatos, mostramos que há cerca de um mês em Jacareí, na região central, houve arrombamento e furto de joias em ouro de um apartamento devidamente amparado por câmeras, porteiro presencial, cerca elétrica e tudo o mais. Ninguém viu; as parafernálias eletrônicas e manuais nada registraram. A polícia concluiu, então, que o culpado possivelmente resida no local. Acabou a sensação geral de segurança; menos a dele. A lei imita a vida.
É a nossa opinião.
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