Sem Cristiano Ronaldo
A primeira frase do parágrafo anterior indica que o brasileiro está mais para a sabedoria dos Beatles do que para a dos filósofos gregos.
Por vezes, ou algumas delas, a ignorância é um santo remédio. Para Sócrates, tinha uma conotação negativa – era desconhecer ou se negar ao conhecimento; para John Lennon, 'era uma benção'.
A primeira frase do parágrafo anterior indica que o brasileiro está mais para a sabedoria dos Beatles do que para a dos filósofos gregos. Mal sabe o quanto paga de tributo.
Um passeio pelo shopping é capaz de empobrecer qualquer um, só perde para o balcão de bar. Um fone de ouvido sem fio de penúltima geração chega às raias dos R$300,00.
Contudo, a culpa é da ganância do governo, não do comerciante. Dessas trezentas pilas (como diriam os jovens da melhor idade), R$ 116,31 vão para o bolso não sei de quem do governo, ou melhor, ao cofre.
É de amargar, muito dinheirama para se receber tanto desgoverno em troca. Por falar em amargor, o café sem açúcar não fica atrás. Aquele 'espresso' caprichado vem a cobrar R$ 8,90.
Entretanto, esse preço dos olhos da cara é 26% por culpa do tributo incidente, que atinge R$ 2,31 (uma parte estadual e outra, quase o dobro, federal). Vergonha que não poupa nem o simpático 'hot dog'.
Aquele cachorro-quente que é mais especial na cifra que no sabor consegue bater R$ 28,50. Entretanto, novamente, a responsabilidade pelo descalabro gastronômico é tributária (o imposto é de R$ 13,12, a maior parte federal, frise-se).
O Brasil está entre os 30 países que mais tributos cobram no mundo (quase 100, no total). O crescimento da arrecadação em 2024 já superou 10% e no ano passado a curva ascendente foi a mesma.
Haja amor neste país. Venceram os aviões novos, lagostas e vinho importado em jantares jurídicos. Manezinho sua 147 dias no ano para garantir a farra. Só no âmbito federal, a arrecadação é o dobro do salário saudita do Cristiano Ronaldo.
O CR7 custa metade e dá o dobro de alegria.
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