Os amantes valeparaibanos do futebol estão em êxtase. O São José S/A orna com a cidade que o sedia e está em alta. Joga futebol de alto nível e rumo a passos largos, ou melhor, voa rasante à Série A1 do Paulistão.

A transformação da estrutura arcaica em clube-empresa rendeu frutos além do esperado. Conseguiu dois acessos seguidos e está a um pequeno passo da elite ludopédica bandeirante.

Nada foi por acaso, como confirma o recente vice-campeonato da Copa Paulista, prejudicado pela arbitragem no litoral, pois era para se sagrar campeão, se as regras do jogo fossem cumpridas escorreitamente.

A empresa que adotou o clube modernizou-o de cabo a rabo. Peneiras sem cartas marcadas, recorde de sócios-torcedores (mais de 1600) e aquisição facilitada de ingressos comprovam isso.

Com tanto benefício, o novo São José nem precisava fazer mais, porém foi além – assumiu a administração do estádio municipal Martins Pereira. O elefante branco foi extinto, a arena agora é confortável e multiuso.

Apesar das arquibancadas cada vez mais lotadas, a entrada é toda orientada, com organização em prol da dignidade do torcedor. O respeito é notado em pequenos detalhes, desde a loja de produtos do clube até as lanchonetes asseadas.

O uniforme, antes tão em baixa e cafona, agora é cobiçado. Passou a ser produzido por uma das mais afamadas marcas mundiais de uniformes esportivos, com selo italiano de qualidade e muita elegância.

A gestão de futebol também se mostra exemplar quanto à atividade-fim. A diretoria renovou o contrato do técnico Ricardo Campos, que é atualmente um dos mais longevos do esporte nacional.

Já havia no elenco um ótimo centroavante oriundo das categorias de base do Corinthians, o Tanque. Porém, a Série A2 é uma verdadeira guerra, exige reforço no arsenal e a Águia contratou Jackson.

O destaque técnico da equipe também é nome novo. Trata-se do camisa 10 João Gabriel, o João Gabigol, artilheiro do campeonato.