Cavalo paraguaio
Para inveja de muita gente por aqui, a inflação anual paraguaia, que era de 4,1%, caiu para 3,6% em 2024.
A titubeante campanha no Campeonato Brasileiro do ano passado fez com que muitos críticos duvidassem do Botafogo, que passou a ser chamado por alguns de cavalo paraguaio.
A referência pejorativa aos produtos originados do país vizinho foi duplamente imerecida, tanto em relação ao time carioca (que este ano lavou a égua) quanto no tocante à pátria guarani.
Para começo de conversa, o Paraguai não fica atrás dos brasileiros em glórias olímpicas, no quesito futebol masculino – arrebatou a medalha de prata, nos Jogos de Atenas, em 2004.
A Constituição paraguaia data de 1992, eleições periódicas são realizadas e existe alternância de poder (reeleição é vedada). No ano passado, foi eleito Presidente o candidato conservador.
Com estabilidade política, austeridade orçamentária, valorização da liberdade e preservação do empreendedorismo, o PIB paraguaio este ano cresceu 4,6% apenas no primeiro semestre.
A assunção dos conservadores ao poder acarretou rápido desenvolvimento industrial no Paraguai (6% ao ano). A agricultura também cresceu, mas dez vezes menos, o que sinaliza modernização.
Para inveja de muita gente por aqui, a inflação anual paraguaia, que era de 4,1%, caiu para 3,6% em 2024. O Paraguai é simplesmente o país com menor custo de vida na América do Sul.
A taxa de juros no Brasil está em 11,25% e subindo! Já no Paraguai ela é bem estável e não passa de 6% anuais. Desde o mês passado, o preço da gasolina vendida ao consumidor caiu 5% (no Paraguai, claro).
O Paraguai é o maior produtor per capita de energia limpa do mundo, com toda a demanda elétrica coberta por fontes renováveis e locais, enquanto o Brasil é atualmente o sexto país que mais polui o planeta.
Enquanto por aqui existem justiças estaduais e federal, no Paraguai o Judiciário é uno, com custo de 3% do orçamento nacional. No Brasil, no atual governo, os gastos com a Justiça aumentaram 9% só no último ano.
Cavalo paraguaio ou pangaré brasileiro? Conscientizemo-nos.
Comentários: