Voz que clama no deserto?
A Filha Brilhante, Marisa Mirás, escritora infantil, insiste em cultivar narrativas humanas que transcendem os algoritmos em moda.
Em um mundo onde a tecnologia redefine os paradigmas da criação literária, a escritora de livros infantis luta para manter sua relevância e autenticidade diante da predominância de textos gerados por Inteligência Artificial. Seu esforço pode ser comparado à passagem bíblica da "Voz do que Clama no Deserto" — um chamado solitário em meio a uma sociedade que, seduzida pela praticidade digital, parece ignorar o valor insubstituível da imaginação humana.
Assim como João Batista anunciava uma mudança sem garantias de aceitação imediata, a Filha Brilhante, Marisa Mirás, escritora infantil, insiste em cultivar narrativas humanas que transcendem os algoritmos em moda. Suas historinhas exibidas esta semana no Jacareí Shopping não são apenas palavras combinadas por padrões estatísticos vividos no dia a dia às vezes da própria casa, mas sim sementes de criatividade que despertam a sensibilidade e promovem reflexões profundas na mente das crianças qualquer que seja o tema.
Embora as ferramentas de IA tenham sua utilidade e eficiência, há uma essência que nenhuma máquina pode replicar: a experiência humana, as emoções genuínas e a capacidade de tocar o coração dos leitores mirins. Histórias infantis não são meros "textos facilitados", são pontes entre gerações, carregadas de afeto e valores que moldam o caráter dos futuros adultos.
O que hoje está em jogo não é apenas o futuro da literatura infantil, mas sim o próprio conceito de arte e expressão de almas. A Filha Brilhante que resiste à onda tecnológica para preservar o brilho da criação humana não é uma voz perdida no deserto — é um farol, iluminando caminhos em um cenário nebuloso. Sua missão talvez seja árdua, mas a necessidade de sua presença é inquestionável.
Enquanto houver crianças ávidas por histórias que despertem emoção e curiosidade, haverá espaço para o talento humano sob qualquer tema. A voz que clama no deserto, afinal, jamais ecoará em vão; vá em frente, Marisa!
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