Em tempos de sobrecarga informativa, onde manchetes internacionais se multiplicam em segundos, as notícias locais mantêm-se como fios condutores entre a comunidade e seus desafios cotidianos. Jacareí não é apenas uma cidade: é um organismo vivo, pulsante, que depende da boa comunicação para evoluir. E é nesse terreno fértil que o jornalismo de proximidade exerce sua função mais nobre — informar, orientar e prestar serviço. Se não acreditamos nisto corremos risco de não satisfazer o leitor.

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Falar sobre o trânsito na Avenida Siqueira Campos principalmente nos horários dos picos diários, nos postos de saúde sempre abarrotados, no calendário de matrícula escolar ou no impacto da chuva em bairros periféricos, tem valor incomparável para quem busca ser atuante social de alguma forma. Tal prestação espontânea de serviços transforma o jornal local em instrumento prático, acessível e essencial ao dia a dia dos cidadãos. Quando bem feito, o noticiário aproxima o leitor dos próprios direitos e fortalece sua cidadania.

Alguns críticos sustentam que 'o brasileiro lê pouco'. Mas será esse o cerne da questão? Nos momentos de picos, ou será que, por anos, oferecemos conteúdos distantes da realidade de grande parte da população? O problema talvez não esteja na falta de interesse, mas na falta de relevância. A leitura precisa ser atrativa provocar, informar e respeitar o universo do leitor.

Assim, alimentar a presença cada vez mais de valorização da imprensa local é investir na inteligência coletiva. Que o jornal não seja acima de tudo veículo de notícias, espaço de escuta, ponte entre o público e o poder, abrigo de vozes diversas. A informação local bem construída fortalece vínculos e constrói comunidades mais conscientes e participativas.

Nosso compromisso segue firme: entregar conteúdo de qualidade, com linguagem acessível, apuração rigorosa e atenção ao que realmente importa. Porque a notícia mais valiosa é aquela que faz sentido logo na esquina de casa.

É a nossa opinião.