O aumento de casos de sarampo no mundo e o reaparecimento dessa doença no Brasil de onde fora banida anos atrás (em junho houve 265 incidências em Roraima e Amazonas), mais a gripe que ainda está por aí fazendo par à ameaça da febre amarela, sem contar Dengue e Chikungunya, dupla que tão logo chegue o verão vai participar também como sempre desse quadro assustador, apresenta causa e consequências muito mais preocupantes do que imaginamos: as pessoas não mais se sentem seguras com apelos oficiais sejam do tipo que forem.

Vacinas 'encalham' nos postinhos, pela pouca procura, a ponto de a Justiça ameaçar prender responsáveis que não providenciarem a imunização de crianças sob sua tutela. Muitos tentam justificar essa incredulidade com fisionomias e desculpas carregadas de revolta, incluindo idosos que são da faixa etária considerada de risco. Fato jamais imaginável há pouco tempo. Não há qualquer razão para esse tipo de atitude. Não vacinar é nivelar por baixo e expor toda uma comunidade a situações difíceis de controlar futuramente.

A Secretaria Municipal de Saúde, em Jacareí, já promoveu vários mutirões de vacinação contra gripe e agora programa fazer uma investida em grande escala no sábado, dia 11 de agosto, para tentar conter uma possível onda de poliomielite, popularmente conhecida como 'paralisia infantil'. Uma doença já extinta no Brasil que volta a ser ameaça.

Não tem sentido qualquer desculpa que justifique ficar fora da vacinação. Toda sociedade organizada está convocada a combater esse inimigo que ataca crianças de até 5 anos de idade e impõem-lhes graves sequelas para o resto da vida – quando não mata.

Ninguém vai poder comemorar o dia seguinte, Dia dos Pais, de consciência tranquila se submeter conscientemente uma criança a tal perigo, já que ela sozinha nada poderá fazer.

É a nossa opinião.