As vozes da experiência
A maioria da sociedade vive momento de alienação política, ou confusa em relação à função do vereador
Na quarta-feira, 1º de agosto, 13 idosos tomam posse como fiscais do Executivo à 'Câmara da Melhor Idade 2018'. Eles terão atribuições semelhantes às de vereador em assuntos ligados à abrangente causa do idoso. É a 6ª edição da CMI, criada em 2013 pela então vereadora Rose Gaspar (PT).
Obviamente há interesse político, mas também o grupo pode aproveitar para aquela sugestão entalada na garganta que não sabe como passá-la adiante. Para os da casa, nunca é demais ouvir a voz da experiência, atributo que não vai faltar, pois na atual legislatura, tirando o veterano Valmir do Meia-Lua (DC), todos os demais são menores de 60.
A maioria da sociedade vive momento de alienação política, ou confusa em relação à função do vereador. Assim, os dois lados aprenderão. Sempre é salutar ouvir os mais vividos; no caso, uma geração ainda não sob total domínio das redes sociais e seus fakes.
Recente pesquisa Ibope diz que em futuro próximo o número de idosos vai superar o de jovens no Brasil. Então, precisamos deles conscientes e antenados em busca de retomar aquela sociedade que – segundo repetem – 'deixou saudade'. Eis um tema para os novos empossados: 'tornar-se idoso-cidadão em pleno uso de suas funções físicas e mentais'.
Que fiquem de lado eventuais vaidades, deslumbramentos ou alienações. Que seja bem proveitosa essa oportunidade (talvez única) rica em potenciais desdobramentos em prol do bem-estar geral. Todos somos, ou seremos idosos um dia, portanto essa causa é nossa.
Hoje, Jacareí busca destacar-se na região e no estado em várias frentes. Se do bolinho caipira aos futuros carros elétricos; da erradicação da mortalidade infantil ao 'Alzheimer-zero' formos campeões 'que mais no mundo se nos faz preciso?', indagaria o poeta Arthur Azevedo.
Ai, então, quem não entendia vai entender que tem sentido a palavra 'melhor idade'.
É a nossa opinião.
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