A fiscalização de trânsito planeja, em nível nacional, endurecer nas multas contra quem abusa na direção perigosa nas ruas das cidades. Projeto de lei nesse sentido tramita na Câmara, Senado e repercute em órgãos fiscalizadores específicos. A medida será bem-vinda para diminuir, de fato, os acidentes. É indiscutível que a segurança no trânsito precisa ser uma prioridade para as autoridades e para a sociedade como um todo.

Estudos e experiências em outras localidades mostram que penalidades mais rígidas funcionam como um forte dissuasor para comportamentos imprudentes, estes os vilões do problema; também contribuem eficazmente para a diminuição de acidentados. Também a consciência e a educação podem ser beneficiadas; multas elevadas podem aumentar a conscientização dos motoristas quanto à prática da direção perigosa, incentivando comportamentos mais responsáveis.

Acidentes de trânsito representam custos elevados para os sistemas de saúde e infraestrutura, o que todos acabam pagando; além de perdas incalculáveis de vidas humanas. Medidas preventivas, portanto, são investimentos necessários.

Quanto às motos, que inicialmente serão poupadas, são particularmente relevantes, visto que são presenças constantes e, muitas vezes, envolvidas em acidentes graves. A percepção de que motociclistas não são fiscalizados com a mesma rigorosidade, pode ter várias origens: uma delas até a dificuldade de fiscalização por serem ágeis e conseguirem escapar dos fiscalizadores mais facilmente que os carros.

As autoridades de trânsito enfrentam limitações de recursos humanos e tecnológicos para monitorar todos os tipos de veículos de maneira eficaz. Assim, as primeiras etapas do aumento da fiscalização focam primeiro nos veículos que causam maior número de infrações ou acidentes mais graves, sendo as motos incluídas posteriormente.

Assim, endurecer as multas contra direção perigosa trará benefícios significativos para a segurança no trânsito, desde que aplicada de maneira justa e efetiva. A responsabilidade para com a mobilidade urbana é de todos nós, e medidas eficazes de fiscalização são essenciais para promover uma convivência mais segura nas vias públicas e proteger vidas.

É a nossa opinião.