Corremos sério perigo
A voz do povo, já ecoa pela nação como um brado de alerta que só não escuta quem não quer; ou, se faz de surdo.
Na opinião do coronel da reserva, Roberto Prado, o maior problema do país é a falta de lideranças comprometidas com a verdadeira democracia, e que possam conduzir o Brasil para o crescimento que merece. Esta e outras ideias correlatas foram colocadas durante uma conversa informal com membros da Academia Jacarehyense de Letras, nesta semana, logo após a reunião ordinária da noite da última quinta-feira (20) em Jacareí.
Diante da preocupação com o destino do país, manifestada por vários membros presentes, Prado, que viveu tempos de consequências diretas da Segunda Guerra Mundial (já era militar da ativa na virada política de 1964 e seguiu a carreira até o início deste século), afirmou ainda que o ambiente vivido hoje no país está muito longe do perigo de voltar a transformar-se no que foi o Brasil naqueles tempos.
Segundo ele, 'esse pessoal que está aí gritando sem qualquer ideologia autêntica, não tem lado', deste modo, 'ninguém professa hoje qualquer ideologia política de maneira autêntica como nos anos 1960, e esse negócio de esquerda, direita, centro ou definições assemelhadas não passa de 'pura balela'. Diz ainda que os partidos políticos estão desmoralizados e sem ideal e seus integrantes só agem em benefício próprio.
Fatos gritantes dessa inércia administrativa, entretanto, leva-nos hoje a falar em consequências desastrosas e um destino ainda muito aquém do nosso potencial, ou numa 'tragédia anunciada'. A voz do povo, já ecoa pela nação como um brado de alerta que só não escuta quem não quer. Melhor dizendo, só se faz de surdo quem só pensa nos próprios interesses.
Há poucos dias, aqui no Vale do Paraíba, militantes radicais de um dos lados chegaram ao ponto pregar que sejam aniquilados seus rivais do outro extremo. Se isto não for motivo para um 'basta' geral, estamos de fato correndo sério perigo.
É a nossa opinião.
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