A começar pelo Governo Federal: Os pronunciamentos do Presidente da República ferem uma das principais regras da ética oratória que diz não ser de bom alvitre citar publicamente o nome de outro presidente em tom de crítica raivosa. É só conferir na internet e ver quantas vezes em quantos discursos esse protocolo é descumprido.

Também é vedado a um chefe de Nação, ou a seu cônjuge, praticar atos que transgridam a legislação em vigor, principalmente quando se trata de receber presentes caros no exercício do cargo ou apropriar-se de bens da União quando termina o mandato.

Um parlamentar, digno do título de 'representante do povo', não pode fazer molecagem quando usar a tribuna para discursar, principalmente para caçoar de eleitores de maneira desrespeitosa e caricata, manchando a imagem da Casa e humilhando minorias.

Da mesma forma, um presidente de Legislativo não pode 'engavetar' projeto de lei de qualquer natureza e não o colocar para ser votado em prazo razoável. Mesmo quando tal projeto não for de sua simpatia e, principalmente, na esperança de que o autor (ou autores) o retire.

Qualquer deputado líder de governo não pode ameaçar seus pares para que mudem de ideia e não assinem projetos de formação de CPI, se esta não convier – sabe-se lá por quê – ao grupo ao qual o ameaçador pertence.

Todo parlamentar iniciante não deve aceitar receber verbas no primeiro ano de mandato, que terão direito somente no ano seguinte, porque são ilegais e assemelham-se à compra de votos de grupos políticos interessados.

A terminar pelo Estadual: O governador de São Paulo acompanhou de perto as consequências trágicas das chuvas que castigam vários pontos do Estado, principalmente a cidade de São Sebastião. Os trabalhos de recuperação da Rodovia Rio-Santos caminham rapidamente e a estrada foi liberada em 15 dias. A população também agiu rapidamente em solidariedade para minimizar os efeitos da tragédia. É possível governar sem mimimi.

É a nossa opinião.