As apostas esportivas online, popularmente conhecidas como "bets", estão passando por um período de significativos mudanças debates. A Lei nº 13.756/2018 legalizou essa modalidade de apostas, mas remeteu a sua regulamentação para um momento posterior. Em 2023, a Lei nº 14.790/2023 estabeleceu as diretrizes para a operação desse mercado, incluindo os jogos online ("tigrinho") na categoria de apostas de quota fixa. Assim, as apostas esportivas de quota fixa foram legalizadas no Brasil, mas apenas em 2023 e 2024 o governo avançou com a regulamentação efetiva.

A Lei nº 14.790/2023 estabeleceu normas para a atuação das casas de apostas, incluindo tributação, fiscalização e exigência de licença, além disso, o Ministério da Fazenda, através da Secretaria de Prêmios e Apostas, ficou como órgão responsável pela regulação. As empresas de apostas devem pagar taxas para operar legalmente. A regulamentação traz normas para evitar fraudes, garantir pagamento dos prêmios e proteger menores de idade e pessoas com vício em jogos.

As casas de apostas devem seguir normas de compliance e prevenção à lavagem de dinheiro, nos moldes da Lei nº 9.613/1998. Existe controle sobre como e onde as apostas podem ser promovidas, especialmente em esportes e mídias voltadas a menores de idade.A relação entre apostador e casa de apostas é regida pelo Código de Defesa do Consumidor.

Contudo, divulgar algo pode ter impactos imorais dependendo do conteúdo divulgado, da intenção por trás da divulgação e das consequências. Influencers que divulgam "bets" geralmente não mostram o lado real das apostas, como o endividamento e em casos graves, o suicídio. O dinheiro que entra vem da perda de alguém. A propaganda de apostas vende a ideia de que qualquer um pode "ficar rico" com um jogo online. Isso reforça a cultura da sorte em vez da cultura do trabalho. Para pessoas vulneráveis (pobres, na maioria) — jovens, endividados, desempregados — essa promessa vira armadilha com carapuça de oportunidade, jogando não por lazer.