Sábado, 07 Setembro 2024

Perdemos um literato­­

Perdemos um literato­­

Muito respeitado nessa área, Carlos Guedes era uma espécie de consultor para novos e veteranos ligados à arte de escrever. 

Jacareí perdeu esta semana um ícone da chamada 'cultura viva' da cidade: o Filho Brilhante Carlos Guedes, escritor, estudioso de autores clássicos, sempre ligado a movimentos literários. Muito respeitado nessa área, era uma espécie de consultor para novos e veteranos ligados à arte de escrever. Ele morreu na última quinta-feira, (11).

Guedes era tão envolvido em movimentos culturais da cidade que teve seu nome batizando um espaço para representações teatrais no bairro Jardim das Indústrias. Ali artistas, principalmente amadores, desenvolviam trabalhos voltados à representação teatral de temas já consagrados ou de principiantes em aprendizado em fase de testes.

Seu forte, entretanto, sempre foi a literatura. Consultas sobre livros, sobre movimentos literários, sobre referência a trabalhos de autores antigos ou modernos eram constantes. Para certos grupos de amantes da leitura ou mesmo de produção literária era presença obrigatória como analista conselheiro e orientador obrigatório.

Birma Vicentin, titular do Conselho Municipal de Cultura, da Fundação Cultural de Jacareí – José Maria de Abreu, lamenta a perda que o setor teve com 'a ida' do nosso ilustre intelectual. Segundo ela, o trabalho de Guedes o credenciou a ficar muito tempo na memória de seus admiradores, porém faz um alerta: 'é preciso certas medidas preventivas'.

Segundo ela, tivemos grandes nomes no passado, recente ou distante, ligados a vários setores culturais e que prestaram grandes serviços, porém caíram no esquecimento. Para evitar este problema, Birma acha que a Fundação Cultural deveria conceder a Guedes um espaço oficial com seu nome; 'uma sala cultural', sugere. Ela também ressalta a figura humana que ele representou. 'Embora com posicionamento político, ele nunca usou esta condição para causar polêmicas ou impor opiniões'.

Walcerly Correa de Oliveira conhecia Guedes desde adolescentes. 'Sempre foi amigo de todos, de boa índole embora politicamente posicionado', comenta a escritora. Um dos encaminhamentos dele no grupo foi prefaciar o livro 'Um quase agora', da escritora Jacareiense Elke Lubitz. Descanse em paz. 

 

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