Sempre presente aos acontecimentos literários de Jacareí, o escritor Pedro Paiva acaba de lançar seu terceiro livro – 'Mosaico literários' –, uma seleção do cotidiano jacareiense, levantado por ele segundo critérios que adota desde o ano 2020, quando veio a público 'Meus pés virados', seu primeiro trabalho.

'O mosaico que forma o livro mais recente é composto por várias peças diferentes em texturas proporções, cores, formas', conforme explica o prefácio da obra. O que também se assemelha à própria trajetória literária de Paiva. Esta constatação é que o diferencia dos demais. Tornou-se a guia permanente da transformação de suas ideias em textos: sua linha criativa.

É comum aos escritores em geral inspirarem-se em um fato para produzir um texto. Mesmo que a narrativa resultante siga por outro caminho, as características da primeira ideia permanecem. Na criação de Paiva a análise criativa é feita 'a partir da primeira resultante', explica. É como um automóvel que 'não pega' por vias normais e obriga o motorista levá-lo a um terreno em declive para fazê-lo funcionar no tranco. O declive não precisa necessariamente estar direcionado para o destino final. Naquele momento, o importante é o carro pegar. 'Mosaico Literários' é assim. E fica bem evidente no intrigante conto 'As três perguntas de Adolf'.

Jacareiense de nascimento, Paiva desde muito jovem uniu-se a uma galera que se dedica pra valer à literatura. Participante entusiasmado da ideia de que Jacareí caminha para tornar-se 'a cidade escritora do Vale do Paraíba/ Litoral Norte e Mantiqueira'. Não abre mão da ideia de ser um dos responsáveis por essa busca, e está certo de que 'vai chegar lá'.

Seus projetos o direcionam para esta empreitada, pois já está praticamente pronto o quarto livro: 'Contos Sinistros de Pedro Paiva', cujo tema dispensa explicações mais detalhadas; e 'para não dizer que não falou de flores' ele promete um livro infantil estilo bem clássico. É pagar para ver.