Visitantes de Jacareí pela primeira vez, novos moradores e até quem já está na cidade faz algum tempo demonstram curiosidade pelos nomes das ruas. Quem foi 'Alfredo Schurig', por exemplo, Capitão João José de Macedo e outros. 'Vagar pela cidade é como passear sobre um livro aberto' dizia o jornalista Jobanito quando citava bairros como o histórico São João. A começar pela sua entrada, logo depois da ponte, a Praça da Independência, que há 100 anos não existia, 'era apena pasto de tropeiros'.

Ali era uma região cujo destaque fora a mansão da família de Alfredo Schurig, que depois deu lugar à sede do Esporte Clube Elvira. Sem esquecer, obviamente, a existência de um posto da DTR (Divisão de Trânsito Rodoviário) da extinta Guarda Civil de São Paulo), que exercia função semelhante à atual Polícia Rodoviária Federal. No caso, o posto era para fiscalização de estrada, porque passava por ali a Rodovia São Paulo/Rio de Janeiro e a travessia do rio facilitava a fiscalização.

O principal residente do local era Alfredo Schurig, empresário cuja morte deu-se em 31 de janeiro de 1941 (há 81 anos esta semana), nascera em Rio Claro (SP) em 1884. É considerado um dos pioneiros da indústria metalúrgica brasileira. Um de seus principais destaques, lembrados até hoje, foi ter sido presidente do Esporte Clube Corinthians Paulista, cargo que assumiu no ano de 1930 e foi até 1933.

Em termos de Corinthians, apaixonado pelo time, foi um de seus maiores benfeitores a ponto de tornar viável a compra do terreno do clube no tradicional 'Parque São Jorge' com vultosas doações financeiras.

Entretanto, sua gestão não foi acolhida de todo pela sorte. No campeonato paulista do último ano no cargo como presidente (1933), uma derrota melancólica marcou uma rivalidade esportiva que perdura até hoje sem perspectivas de conciliação: O Corinthians sofreu uma derrota de 8 a 0 contra o Palestra Itália. Descuidos da sorte.