Quinta, 21 Novembro 2024

Sedentarismo é o que mais contribui para mortes por doenças do coração

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Sedentarismo é o que mais contribui para mortes por doenças do coração

Durante o estudo, foram avaliadas pessoas com 18 anos ou mais, que nunca tiveram infarto, angioplastia, entre outros. 

A prática de exercício físico melhora a função de bomba do coração. Foto- Acervo Quanta

Uma pesquisa realizada por médicos da Quanta Diagnóstico por Imagem apontou que a maior parte das mortes cardiovasculares ocorridas na cidade de Curitiba (PR) durante uma década tiveram o sedentarismo como fator de risco modificável que mais causou doenças cardíacas que levaram pessoas a óbito. Ao todo, o sedentarismo contribuiu com cerca de 40% das mortes.

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Publicado pela conceituada revista científica International Journal of Cardiology, o estudo foi realizado pelos médicos Miguel Morita Fernandes da Silva (coordenador do estudo), Julia de Conti Pelanda, Larissa M. Vosgerau, Gustavo S.P. Cunha, Karoline C. Vercka, Andre Crestani, Gianne M. Goedert, Rodrigo J. Cerci, Odilson M. Silvestre, Wilson Nadruz e João Vicente Vítola.

Durante o estudo, foram avaliadas 25.127 pessoas entre 2010 e 2020. Foram selecionados pacientes com 18 anos ou mais, que nunca tiveram infarto, angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio e que moravam em Curitiba.

"Este último critério foi necessário porque nós conectamos nossos dados com o do Sistema de Informação em Mortalidade de Curitiba. Este sistema contém todos os óbitos de pessoas com residência em nossa cidade", explica Dr. Miguel Morita, que liderou o estudo.

Os pacientes passaram por acompanhamento médico e realizaram exames de cintilografia de perfusão miocárdica para verificar o quanto os chamados fatores de risco modificáveis (como pressão alta, diabetes, colesterol alterado, tabagismo, obesidade, sedentarismo) contribuíram para mortes cardiovasculares em Curitiba, causadas por doenças, que podem se originar a partir destes fatores (como o infarto, por exemplo).

Tratando adequadamente os pacientes, controlando estes fatores de risco. Esperávamos que o impacto deles nos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares fosse reduzido", avalia o médico.

PERÍODO CRÍTICO
O resultado da pesquisa apontou que os fatores de risco modificáveis são responsáveis por mais da metade das mortes cardiovasculares e isto não se modificou no período de 10 anos. O fator que teve o maior impacto nas mortes foi o sedentarismo, contribuindo com cerca de 40%, seguido por hipertensão, com 17%, e depois diabetes, com 15%. Desta forma, pode-se afirmar que se todas as pessoas deixassem de ser sedentárias, 40% das mortes poderiam ser evitadas no período.

"O sedentarismo aumenta o risco de morte tanto por levar a ocorrência de outros fatores de risco, quanto por ações diretas no sistema cardiovascular. Ele está associado ao aumento de peso e da pressão arterial e da piora do perfil de colesterol e do perfil glicêmico", alerta Dr. Morita.

O especialista informa também que a prática de exercício físico melhora a função de bomba do coração, promove melhoria da função endotelial (endotélio é uma película que cobre as artérias internamente e tem funções importantes na vasodilatação) e contribui para a eficiência de extração de oxigênio pelos músculos.

SERVIÇO
A pesquisa foi realizada no Inova - Departamento de Pesquisa e Inovação da Quanta Diagnóstico por Imagem, fundada em 2003. Por meio deste departamento, a clínica participa de projetos de pesquisas e estudos nacionais e internacionais, cooperando e contribuindo para o desenvolvimento científico na área da saúde. 

 

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