A boa notícia da semana foi o sucesso do leilão do sistema 5G da internet, que traz o futuro para dentro de cada celular, tablete ou computador. Caberá a três grandes provedoras já nossas conhecidas – Claro, Vivo e Tim – a tarefa de distribuir inicialmente esse sinal dez vezes mais rápido e mais eficiente para todo o território nacional. O mais animador, entretanto, é também terem sido contemplados locais e setores da sociedade ainda desprovidos de qualquer tipo de internet.

O Governo Federal anuncia, por exemplo, que 1.800 localidades hoje isoladas da rede eletrônica de comunicação terão parte no benefício; 75 mil das 85 mil escolas ainda sem sinal, serão interligadas até meados do ano que vem. Todas as estradas nacionais farão parte do sistema – antiga reivindicação de caminhoneiros e usuários – o que vai aumentar a segurança com a rapidez e abrangência da comunicação.

Entretanto, a grande reviravolta do sistema 5G será a 'telemedicina'. Uma equipe médica de primeira linha, estabelecida em um grande centro cirúrgico, poderá instruir em tempo real qualquer equipe postada no mais distante rincão brasileiro para efetuar um procedimento especializado, com segurança e eficiência. Essa inovação é prioritária e deverá estar implantada já no próximo ano.

Bolsonaro afirmou quinta-feira (4) que o sinal de internet a ser instalado em comunidades indígenas da Amazônia vai oferecer ao mundo uma imagem real daquela região, 'evitar falsas ideias e permitir o acompanhamento internacional' do compromisso brasileiro em diminuir em 30% a emissão de metano na atmosfera. Este gás potencializa 80 vezes mais que o dióxido de carbono a produção do 'efeito estufa' responsável pelo aquecimento global. Quem quiser poderá checar em tempo real, por exemplo, a promessa brasileira de mudança da alimentação do gado. Segundo o climatologista Carlos Nobre, a quase totalidade da emissão de metano na atmosfera é provocada pelo arroto do boi. Que se consiga um arroto menos poluente.

É a nossa opinião.