Terça, 03 Dezembro 2024

Salvem-nos enquanto podem

EditorialPolítica

Salvem-nos enquanto podem

A menção ao fato vem de entendermos ser o momento de escutar o clamor dos cidadãos comuns.  

O registro foi rápido, mas esperançoso. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), elogiou o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pela ação deste em sobrevoar cidades paulistas recentemente assoladas por fortes chuvas. Doria já havia mencionado positivamente Bolsonaro em outros pronunciamentos por razões semelhantes, como as das chuvas no sul da Bahia, mas o contexto atual é outro, agravado por uma série de farpas trocadas entre ambos ao longo dos últimos dois anos.

A menção ao fato vem de entendermos ser o momento de escutar o clamor dos cidadãos comuns que tentam executar em paz a difícil missão de simplesmente sobreviver em dias tão conturbados, em vários sentidos, os quais deparamos.

Pior é que, dentre aqueles que deveriam estar unindo esforços em busca de soluções para superar tamanhas dificuldades, o que se vê são brigas, acusações e providências totalmente distantes do real problema provocadas por dinheiro e manutenção de poder.

A disputa de políticos por uma vaga à candidatura presidencial, por exemplo, é mais motivada pelo quanto a sigla recebe de fundo partidário para gastar com o candidato, do que por necessidade de corrigir omissões vergonhosas, adotar medidas urgentes em favor da população ou implantar um sistema ideológico condizente com a verdadeira democracia.

Os quase R$ 5 bilhões em dinheiro dos contribuintes, que serão doados aos partidos para fazer campanha, mesmo que fossem usados corretamente em sua totalidade já seriam um absurdo diante – por exemplo – da falta de leitos hospitalares pediátricos (crianças de zero a 9 anos) para atendimento hoje às vítimas da pandemia Brasil a fora (sete estados e DF estão praticamente sem vagas).

Entretanto, percebemos ser muito difícil a solução óbvia de se darem as mãos todos os que se julgam à altura de assumir um dos poderes democráticos que dispomos. Preferem, durante a campanha, destruírem-se moralmente uns aos outros ao ignorar as perigosas consequências disto.

É a nossa opinião. 

 

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