Entender o que está por trás das informações é necessidade prioritária. Vivemos comunicação 'em campo minado'. Por exemplo, esta semana soubemos que assessores do PT na Câmara em Brasília acertaram os números da Mega Sena de quarta-feira (18) e ganharam mais de R$120 milhões.

A notícia explodiu e foi checada e confirmada. Sinal de que vivemos tempos melhores em comparação a 26 anos atrás, quando um deputado baiano, João Alves (PFL), falecido em 2004, declarou ter acertado só naquele ano, 1993, nada menos de 56 vezes na loteria. E ninguém foi conferir. O 'sortudo' liderava 'Os Anões do Orçamento', grupo envolvido no maior escândalo de corrupção política de até então. Para lavar a dinheirama, Alves alegava sorte, matematicamente impossível, na loteria.

Como se vê, prêmios lotéricos já foram usados de maneira torta. Apesar do destino, no caso de Brasília, ter sido um tanto irônico ao contemplar funcionários que assessoram um partido investigado por corrupção, as coisas transcorreram dentro da correção esperada. Sinal de que as coisas mudam. 'Sorte em dobro', ou compensação moral', parece a interpretação correta a ser feita.

'Segurança coletiva contra roubos' é outra leitura a ser melhor praticada. Em Jacareí, dois apartamentos foram arrombados no centro e deles furtados joias e bens materiais. Apesar de todos se conhecerem, da portaria monitorar câmeras internas e impedir entrada de estranhos sem autorização, os furtos foram cometidos com sucesso. Em ambos os apartamentos os moradores estavam fora da cidade havia dias.

No caso da 'segurança contra roubos' ter falhado talvez se deva à 'ausência dos moradores no momento'. Portanto, não foi roubo e sim furto. Pode parecer estranho, mas é o que provavelmente explica a polícia não se interessar em investigar o caso e, talvez, a seguradora nem pensar em cobrir os prejuízos. Questão de 'interpretar a leitura' da situação, apenas.

É a nossa opinião.