O silêncio diante da injustiça é cúmplice da barbárie
A democracia precisa ser constantemente renovada. Não basta votar; é preciso vigiar, cobrar e participar.
A sobrevivência da humanidade até os dias de hoje foi moldada por decisões políticas, avanços científicos e, sobretudo, pelas tentativas - muitas vezes falhas - de construir um mundo mais justo. Não foi obra do acaso. Conclusão facilitada por uma das vantagens de vivermos numa cidade conectada em uma região promissora.
O século passado (20) foi palco mundial de guerras devastadoras, regimes autoritários e revoluções sociais que, embora dolorosas, deixaram lições profundas sobre os limites do poder e da capacidade humana de sobreviver aos desafios.
Hoje, em pleno século 21, continuamos enfrentando dilemas que ecoam os erros do passado: polarização ideológica, crise climática, desigualdade social... A diferença é que agora temos mais ferramentas, mais conhecimento e, paradoxalmente, menos tempo. Há momentos em que a política atual parece refém de interesses imediatistas, esquecendo que a história não perdoa os que ignoram seus próprios ensinamentos.
A democracia, que vimos conquistando 'com sangue e suor', precisa ser constantemente renovada. Não basta votar; é preciso vigiar, cobrar e participar. Os sistemas políticos que hoje nos governam foram construídos sobre escombros de impérios e ditaduras. E se há algo que o século passado nos ensinou, é que 'o silêncio diante da injustiça é cúmplice da barbárie'.
A sobrevivência humana não depende apenas de 'bravatas' com avanços tecnológicos ou econômicos. Depende, sobretudo, da capacidade de aprender com o que foi feito — e do compromisso de fazer melhor e diferente. A política, quando bem conduzida, é a arte de garantir que o futuro não seja apenas uma repetição e, se for o caso, de uma correção do passado.
Que os líderes de hoje escutem os ecos da história. E que nós, cidadãos, sejamos mais do que espectadores: protagonistas da mudança que o tempo exige.
É a nossa opinião.
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