Se tudo seguir o planejado, neste sábado (8) os patrícios detidos na cidade de Whuhan, na China, pisarão novamente no solo pátrio. Dois aviões da FAB saíram do Brasil na quinta-feira (6) para retirá-los de lá.

Resgatar brasileiros em situação de risco em outro país, e contra a qual eles nada podem fazer, é obrigação; ponto. Assim como seria indiscutível qualquer brasileiro apto ter de atender a uma convocação das forças armadas para lutar em defesa da pátria, se um dia for necessário. Nessas questões, "ordem dada, executada", lembra o general Mourão, vice-presidente da República. Portanto, não se justifica qualquer polêmica provocada pela ação oficial no caso.

Quanto ao uso de aviões da Força Aérea Brasileira em outras situações, inclusive recentes, é outra coisa. Dias antes, tivemos o episódio do ministro substituto da Casa Civil, Vicente Santini. O rapaz não resistiu ao glamour do cargo e, em seus minutos de glória, foi pavonear-se na Suíça ao custo de R$ 700 mil para o país. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, viajou na segunda-feira (3) com a mulher para Macapá (AP), em Jato da mesma FAB, onde o irmão dele, Josiel Alcolumbre, é candidato a prefeito.

Situações como estas, sempre acontecem e são 'legais' porque cobertas por leis aprovadas por representantes que os elegemos. Indiretamente, 'nós' as aprovamos. Assim, pegou mal o presidente Bolsonaro, nos primeiros momentos, mostrar-se relutante em mandar rapidamente uma equipe de resgate para Whuhan, dentre outros 'mimimis'.

Se você acha que nada podemos fazer, daqui de Jacareí, quanto a isso, engana-se. Políticos nacionais estão voltados para as eleições municipais que vão acontecer em 4 de outubro. Portanto, sua participação amadurecida na escolha dos candidatos, daqui a sete meses, será um recado direto aos governantes brasileiros quanto ao que exigimos deles. Será difícil acertarmos de primeira; mas é o que temos.

É a nossa opinião.