Leis ‘indescumpríveis’
São ilimitados os exemplos, principalmente nas relações pessoais e da política
Quem se lembra do que estudou no ensino fundamental sabe que 'para toda ação há sempre uma reação oposta de igual intensidade'. Esta lei natural divulgada por Isaac Newton, em 1687, extrapolou 'as quatro linhas' da física e foi logo adaptada ao dia a dia das pessoas por filósofos conceituados. Esses pensadores entenderam que 'a vida imita não só a arte, mas também ciência'.
Na colisão de dois veículos, por exemplo, cada um emite uma força contrária ao outro que resulta em lata amassada no mínimo. Então, o sistema social criou regras de trânsito e de condução de veículos (ação) que delimitam os procedimentos dos motoristas e evitam perdas materiais e de vidas. Infelizmente, há quem descumpra tais regras (reação) e acontece o pior. O descumprimento gera punições, que geram revoltas e a coisa desanda de um lado para outro num sem-fim ações e reações.
Nossa região foi palco dia destes de um trágico acidente na Via Dutra. Na manhã da terça-feira (14), a ação de dois carros, um ônibus e um caminhão, de não manterem distância segura entre si, teve a reação de seis mortos. Um dia antes, a precária 'ação' protetora do anel viário de São José dos Campos permitiu 'reação' em atos de vandalismo; quatro carros e um caminhão incendiados foi o resultado.
São ilimitados os exemplos, principalmente nas relações pessoais e da política: haja vista a enxurrada de tentativas de desconstrução entre opositores, centenas de pedidos de impeachment de todos os lados, com os quais convivemos agora. Observe as ações e reações que isso logo irá gerar; é 'lei'.
Sentimos na pele que as cidades são os redutos menos protegidos dos crimes-surpresa (veja mega-assalto em Araçatuba). Imagine uma interdição criminosa das pontes de Jacareí; travaria tudo na grande área central e adjacências. Impossível acontecer? Há 15 dias semelhantes audácias nem pensávamos possível em São José ou Araçatuba.
As leis naturais são 'indescumpríveis'. Proteja-nos Deus!
É a nossa opinião.
Comentários: