O repertório policial está farto de notícias desanimadoras para quem clama por um país de respeito. O assunto não é novo, mas atualmente a quantidade de casos revelados chega a assustar, trazidos pela facilidade de divulgação de notícias por redes sociais ou pela diminuição da vergonha de uma eventual exposição pública de quem as protagoniza.

Para conferir, basta consultar registros eletrônicos à disposição de qualquer um na internet, ou mesmo na imprensa tradicional, com revelações de atos ilícitos por parte de (imagine!) líderes religiosos de várias vertentes, com notícias desde corrupção até as de abusos sexuais. Há material para todos os desgostos. É só programar 'líderes religiosos corruptos' ou então 'líderes religiosos envolvidos em crimes' nos mecanismos de busca dos principais sites e arrepiar-se.

Está nas páginas eletrônicas a notícia de um padre que mantinha grande fama perante seus fiéis até a descoberta de desvio de dinheiro de uma associação filantrópica ligada a uma respeitável igreja no Estado de Goiás, por exemplo. Este mesmo religioso, teria usado as doações de fieis para compra de fazendas, casas de praia e até um avião.

Outro, um pastor 'midiático', constantemente entrevistado nos meios de comunicação, que é noticiado por alguns crimes e tem suas piores ações em atos de corrupção. Este mesmo pastor foi indiciado pela Polícia Federal em 2017 por esquema de corrupção na cobrança de royalties para exploração mineral. É por demais conhecido o caso de uma pastora que perdeu o cargo de deputada federal por coagir testemunhas e ocultar provas na investigação do assassinato de seu ex-marido. Ela também é acusada deste mesmo assassinato.

Infelizmente a lista é imensa e – é bom destacar – não significa que todos os líderes religiosos (nem mesmo a maioria da classe como um todo) sejam desonestos. Mas é uma triste constatação de onde chegamos e da necessidade urgentíssima de colocar as coisas nos eixos.

É a nossa opinião.