Fazer algo é preciso
É preocupante o rumo que a democracia vem tomando no mundo sem que pouco se faça para reverter o perigo.
Não é preciso ler ou entender de política internacional, ou de qualquer outro tipo, para lamentar o ocorrido no Equador na última quarta-feira (9). O candidato a presidente pelo Movimento Construye, de Centro, Fernando Villavicêncio, foi atingido mortalmente com três tiros na cabeça quando saía de evento com partidários numa escola da capital Quito.
O corpo ainda estava em fase pericial investigativa quando o grupo 'Los Lobos' – uma das maiores gangues do Equador – reivindicou para si o atentado, dizendo que a vítima não havia cumprido com ele suposto acordo.
As eleições vão acontecer no próximo dia 20, sob 'Estado de Exceção' decretado pelo atual presidente Guillermo Lasso. O grupo 'Los Lobos' ameaça também executar outro candidato presidencial, Jan Topic, caso este não cumpra outro acordo também feito com ele.
Se lembrarmos que nos últimos tempos vários políticos foram mortos na região (México, Colômbia, Haiti, inclusive Brasil, com Marielle Franco), teremos noção muito preocupante dos rumos que a democracia vem tomando no mundo sem que pouco se faça para reverter o perigo que justifique semelhantes tomadas de posições a título de a estar protegendo.
Basta analisar o grau de confusão que toma conta das atitudes dos atuais gestores do nosso país, nestes primeiros meses de novo governo, para endossarmos tal preocupação: A interferência nada ortodoxa na política de preços da Petrobrás, ameaçando com ela o abastecimento de diesel no setor dos transportes; a insistência em intervir na política de juros do independente (ainda) Banco Central; o desvairado desejo de estourar o teto de gastos do orçamento oficial e – pior – a decisão de transformar de maneira geral e confusa o sistema brasileiro de ensino, com o desprezo sistemático das necessidades de aperfeiçoamento curricular dos jovens para enfrentarem os novos tempos tecnológicos profissionais, são providências demasiadamente urgentes para deixa-las injustificadamente de lado.
É a nossa opinião.
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