A sujeira dos contratos mal cumpridos
O que mais surpreendeu, entretanto, foi saber que o mau serviço não é novidade
Os dois dias em que os mais de 400 trabalhadores da limpeza pública de Jacareí cruzaram os braços, porque não receberam o salário de agosto, mostraram a falta que eles fazem para a cidade. Lixo amontoado pelas ruas bloqueando calçadas, folhas secas espalhadas sob as árvores e um aspecto muito feio em pontos de grande concentração de residências. A cidade sentiu na pele a necessidade de um bom serviço de varrição, capina e roçada pelo qual paga pontualmente quase R$ 5 milhões por mês. Pensávamos não mais ter de assistir a esse 'filme' com os 'novos tempos' anunciados não faz muito.
O que mais surpreendeu, entretanto, foi saber que o mau serviço não é novidade e há problemas que não aparecem como aparecem os da sacaria empilhada pelas esquinas ou das garrafas e copos plásticos espalhados pelo passeio: é o fundo de garantia não depositado, os maus tratos a trabalhadores, a diminuição do trajeto do caminhão para economizar combustível. O que não causou surpresa, infelizmente, foi a confirmação de que autoridades, cuja função é fiscalizar a qualidade do serviço contratado pelo município, só agem quando os desmandos vêm a público; e que outros serviços terceirizados, como os da área da saúde, por exemplo, igualmente não vão bem das pernas.
Se a prefeitura paga em dia a concessionária Ambiental e esta não repassa o dinheiro trabalhadores com a mesma pontualidade, existe aí um problema sério a ser resolvido. O fato, agora, foi comentado repetidamente da tribuna da Câmara por boa parte dos vereadores na sessão de quarta-feira (11). Uma CPI vai investigar tudo isso e, claro, criar uma relação de atrito entre município e concessionária, que seria evitado com uma fiscalização constante feita antecipadamente.
Como dissemos, existem denúncias envolvendo a área da saúde. Por que não começar logo a fiscalização?!
É a nossa opinião.
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