A divisão entre forma e substância
Se a COP30 quiser de fato honrar o legad da Paris Agreement, precisa sair dos planos e dos discursos para a execução — e rápido.
Na primeira semana da COP30, realizada em Belém, o mundo testemunhou um debate intenso — e ao mesmo tempo contraditório — entre ambição e paralisação. O país-sede, o Amazonas brasileiro, trouxe ao centro da mesa temas, antes periféricos, como adaptação, justiça climática e os direitos dos povos indígenas. Ao mesmo tempo, outros pontos-chave — como financiamento climático robusto, transição de combustíveis fósseis e metas de redução de gases de efeito estufa — seguem em impasse.
De forma promissora, emergiu um avanço simbólico relevante: a assinatura da Declaration on Information Integrity on Climate Change, que pela primeira vez em uma conferência das partes prioriza a integridade da informação climática.
Também, o plano de saúde climática – Belém Health Action Plan –, que liga diretamente clima e sistemas de saúde, marcou uma virada no modo como a conferência aborda os impactos reais da crise.
Por outro lado, a engrenagem das negociações expôs uma dura realidade: o financiamento para adaptação e transição permanece muito aquém das necessidades. O relatório da 'Circle of Finance Ministers' destacou que apenas cerca de 10 % dos fluxos de financiamento climático vão para países emergentes, e menos de 5 % para adaptação.
Além disso, a presidência da COP teve de adiar para consultas separadas temas espinhosos como ambição de corte de emissões, transparência dos dados nacionais e comércio climático.
Minha opinião: a semana inicial da COP30 revela uma conferência dividida entre forma e substância. É legítimo comemorar a mudança de foco — de apenas 'quantos gigatoneladas vamos cortar' para 'como as crianças de comunidades vulneráveis vão se adaptar' —, mas sem progresso firme em financiamento e combustíveis fósseis, corre-se o risco de transformarmos urgência em retórica.
Se a COP30 quiser de fato honrar o legado da Paris Agreement, precisa sair dos planos e dos discursos para a execução — e rápido. No ritmo atual, temo que avancemos pouco no que realmente importa: evitar o colapso climático e proteger os mais afetados.
Fonte (ChatGPT): Texto produzido sobre a ótica de Inteligência Artificial (AI).
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