Quinta, 12 Dezembro 2024

Determinação e Superação

Determinação e Superação

O ser humano é capaz de tirar forças de onde nem imagina que possui, em instantes de grande consternação.  

Salvo raros aficionados e praticantes das corridas de rua, ninguém sabe dizer quem venceu a maratona olímpica feminina, em Los Angeles, no ano de 1984.

Porém (e até hoje muitos se lembram), à época, o mundo inteiro se comoveu com o exemplo de superação da atleta suíça Gabriele Andersen, que cruzou a linha de chegada, aos trancos e barrancos, na última colocação.

O ser humano é capaz de tirar forças de onde nem imagina que possui, em instantes de grande consternação, como o homem franzino que ergueu toneladas de um carro para tirar das rodas sua filha atropelada.

O Brasil nem sempre reconhece como deveria o exemplo de seus ídolos. É o caso do atacante Ronaldo, mais lembrado por levar gato por lebre que pelo verdadeiro fenômeno de determinação e superação que foi.

Depois de longo período afastado dos gramados europeus, em recuperação de delicada contusão no joelho, sofreu chocante ruptura total, logo nos primeiros instantes de seu jogo de retorno. Muitos especialistas achavam que ele nem voltaria a andar direito.

Pois ele surpreendeu a todos, após muitos meses de dedicação às dolorosas sessões de fisioterapia. Foi destaque da Seleção Brasileira na conquista do Penta e disso sempre será referência.

Para tanto, o craque teve o apoio do técnico Felipão, que acreditou em seu potencial e soube motivá-lo para extrair dele tudo o quanto poderia contribuir para o sucesso da equipe, naquele difícil torneio que não permitia margem de erro.

Do exposto, verifica-se que não existe superação sem dedicação, que depende, além de motivações sinceras e irredutíveis, de preparação proporcionalmente adequada à complexidade do desafio que se pretende vencer.

O número de universitários cresce no Brasil em ritmo acelerado (mais de 5% ao ano). As faculdades à distância aumentam 30% anualmente. Entretanto, mais da metade dos estudantes não lê. Só no último quadriênio, o Brasil perdeu sete milhões de leitores, uma verdadeira usina de ignorantes com canudo. 

 

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