Sábado, 23 Novembro 2024

Abandono Parental e Consequências

Abandono Parental e Consequências


Quando visualizamos o abandono parental, consequências e marcas profundas podem surgir. 

"Amar é uma possibilidade; cuidar é uma obrigação civil". Uma infância sadia é primordial ao desenvolvimento emocional do ser humano. As decisões desta fase afetam a visão e formam personalidades, moldando o caráter.

Quando visualizamos o abandono parental, consequências e marcas profundas podem surgir. Algumas pessoas mesmo depois de adultas, superam o trauma, outras não. O abandono parental na infância e pré-adolescência ocorre e deixam sim, sequelas. O abandono parental ocorre quando um dos pais, seja o homem ou a mulher, que em algum momento fizeram parte da vida daquela criança, se ausentam por vontade própria da vida do filho.

O termo não apenas se refere aos casos em que o pai ou a mãe some fisicamente da vida do filho, mas também quando, apesar de estar presente, não se vincula emocionalmente, negligenciando seu cuidado. Quando isso ocorre, as crianças em especial costumam se culpar pela partida do genitor que as abandonou. Sentem que não possuem valor suficiente àquele pai ou mãe e sentem a falta de interesse de seus pais, em acompanhar de perto suas vidas. Acontece que são crianças que crescem munidas de sentimento de culpa e de não pertencimento, o que pode acarretar problemas de personalidade quando se tornam adultos.

O Artigo 227 da Constituição Federal, bem como o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), atribui aos pais o dever geral de cuidado, criação e convivência familiar de seus filhos, bem como de preservá-los de negligências, discriminação e violência. Não há como obrigar um pai a amar um filho, mas a legislação lhe assegura o direito de ser cuidado.

Os responsáveis que negligenciam ou são omissos quanto ao dever geral de cuidado podem responder judicialmente por terem causado danos morais a seus próprios filhos. Um exemplo típico de abandono afetivo ocorre quando o responsável não aceita o filho e demonstra expressamente seu desprezo em relação a essa criança.

Em muitas decisões, pais são condenados a indenizar filhos por abandono afetivo. Por fim, uma terapia psicológica voltada para a ressignificação da experiência pode contribuir para a minimização dos danos. 

 

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