Pessoas com problemas cardiovasculares devem ficar mais atentas às alterações, afirma especialista do Hcor, em São Paulo.
Com a Copa do Mundo em movimento, os torcedores sentem o coração cada vez mais acelerado e ansioso para as partidas. É comum que em épocas como esta, o órgão vital trabalhe um pouco mais, condizendo com as expectativas criadas ao redor do evento. Mas isso não acontece somente de quatro em quatro anos, e sim em todas as vezes que o time do coração se apresenta.
Para mostrar esse impacto, o Hcor monitorou 30 torcedores, enquanto assistiam às disputas de seus clubes. A análise mostrou que, em momentos de grande emoção, o coração acelerou. "Quando um gol foi marcado, por exemplo, registramos quase 140 batimentos por minuto (bpm), um aumento de 75%, se comparado à média de um adulto em repouso, que é em torno de 80", explica o Dr. César Jardim, cardiologista da instituição.
Essa alta se dá devido à descarga de adrenalina que acontece após uma situação inusitada, exitosa ou estressante. "Em pessoas saudáveis, esses episódios esporádicos não causam nenhum dano. No entanto, aquelas que apresentam alguma alteração no coração podem sofrer com uma crise de arritmia, falta de ar, dor no peito ou até infartar. Como grande parte das doenças cardíacas e dos fatores de risco não apresentam sintomas, é muito importante estar com o check-up em dia, sendo ou não um amante de futebol", reforça o especialista.
MEDICAÇÕES
Além das situações estressantes, como os jogos de futebol, outros fatores também influenciam na variação da frequência cardíaca, como o uso de algumas medicações, uso de substâncias consideradas estimulantes, o condicionamento da pessoa, a própria predisposição de cada um e até mesmo a idade. O ideal é que os batimentos se mantenham mais baixos, o que faz com que a oferta e o consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco se mantenham em equilíbrio e previne danos ao órgão.
"Nosso coração é uma máquina que funciona a favor da nossa vida todos os dias e sem descanso. Reduzir o estresse emocional e os fatores de risco de doenças do coração, como pressão alta, diabetes, colesterol e tabagismo, contribui para uma saúde melhor do indivíduo e auxilia o corpo a realizar as funções necessárias", finaliza o especialista.
SERVIÇO
Sobre o Hcor
O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria.