Jacareí, abençoada pela natureza, há muito espera que seja valorizado seu potencial humano e turístico
A decisão liminar da juíza Rosângela de Cássia Pires Monteiro que suspende os atos da revisão do Plano Diretor de Jacareí em andamento no Executivo, e pede informações sobre o projeto que autoriza empréstimo destinado a obras de infraestrutura, mobilidade urbana e meio ambiente, de R$ 240 milhões, põe em xeque a expectativa de a cidade ganhar novo perfil.
A liminar atende ação proposta pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo. Ambos apontam falhas nas audiências públicas realizadas recentemente, como as de não apresentarem número suficiente de participantes e de não terem sido claramente definidas as prioridades.
O Município ganhou um prazo para se defender a tempo e preparar a documentação necessária, inclusive incluir o projeto aprovado pelos vereadores na quarta-feira (14) para ser enviado ao Senado, a quem cabe a autorização final para liberação do dinheiro.
Infelizmente, denúncias de toda natureza vão surgir, procedentes ou não, algumas a serviço do 'quanto pior melhor' com a clara intenção de atrapalhar qualquer trabalho de vulto da administração municipal. Sintoma disso foi a manifestação na Câmara, aos gritos, de um pequeno grupo que tentava tumultuar a votação do referido projeto. O clima chegou ao ponto de uma senhorinha, de expressão maternal, perder a calma e dirigir-se aos do grupo com um palavrão (impublicável) para que os manifestantes se calassem e deixassem a votação prosseguir.
Jacareí, abençoada pela natureza, há muito espera que seja valorizado seu potencial humano e turístico. Eis que surge uma oportunidade de projetá-la alguns anos à frente, com melhoria da qualidade de vida e da autoestima de todos. Bastam atitudes simples de civismo, compreensão, respeito e amor à cidade que tão bem acolhe a todos.
É a nossa opinião.