A propaganda eleitoral deixa claro, pelos pronunciamentos dos candidatos e equipes, o quanto todos buscam a simpatia das cidades como meta de campanha. Um promete "mudar a secretaria da agricultura para os municípios", outro "implantar linhas de trens intermunicipais" e por aí vai.

Faz tempo que os pretendentes à Câmara Federal e às assembleias estaduais, 'de fora', valem-se de ligações diretas ou indiretas com os municípios para reforçar a própria candidatura. Tivemos 17 candidatos este ano em Jacareí como reflexo dessa busca. Esses de fora pulverizaram os votos dos que moram aqui e os deixaram com as 'sobras'. Só ajudaram (e olhe lá) a eles próprios.

Não é preciso repetir aqui o quanto é importante um deputado para a cidade, para que resolvamos problemas básicos que há muito nos atormentam.

O Diário de Jacareí traz hoje um estudo detalhado que alerta para o quanto é urgente uma união de forças a fim de que tenhamos dois deputados a representar diretamente a cidade nos citados parlamentos. Mostra que em 2018 os votos para os daqui ficaram bem mais abaixo dos conseguidos em cinco eleições, de 2002 para cá, e numa constante queda.

No período pesquisado, o mais votado para estadual, Marco Aurélio (PT), em 2010, foi eleito com 44,40% dos votos locais (51 mil). O ex-vereador Maurício Haka tem a segunda melhor marca em Jacareí também para estadual. Em 2006, então no PSDB, recebeu 31.158 votos na cidade (28,35% dos votos válidos da ocasião).

Portanto, já passa da hora dos partidos unirem-se numa coalizão pioneira para conseguir quantidade de votos que eleja dois nomes locais, pois número de eleitores temos para isso.

No início, será igual à fábula de colocar o guiso no pescoço do gato às avessas, ou seja, todos acham a ideia ótima desde que o escolhido seja ele ou alguém de seu partido. Vai ser preciso amadurecimento, bom senso e – o grande desafio – muito amor a Jacareí.

É a nossa opinião.