Vício é vício!
A aprovação pela Assembleia Legislativa de São Paulo, que tornou proibido o uso de celulares nas escolas de ensino fundamental, na terça-feira (12), é um passo significativo para melhorar o ambiente educacional. Porém, pode não ser tão simples na prática se não for tratada com os devidos cuidados.
Embora a medida vise garantir que os alunos possam se concentrar melhor nas aulas, promovendo um ambiente mais equilibrado e propício ao aprendizado, tal restrição ao uso de dispositivos eletrônicos pode ajudar a reduzir distrações e melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes. É uma iniciativa que demonstra o compromisso com a qualidade da educação e o bem-estar dos alunos.
Sem falar do complicador contrário da parte dos defensores do uso que já se manifestam, não podemos desprezar a natureza do problema que tem a força de um vício: só a título de atual, é certo que qualquer jovem defenderia de pronto o uso do aparelho em classe se colocássemos a escolha a critério dele.
Em outro cenário, basta lembrarmos do vício de fumar, por exemplo, que tem uma longa e complexa história que perdura no tempo desde o século 15. A partir dos anos 1800, a invenção das máquinas de enrolar cigarros, na Europa, diminuiu drasticamente os custos e tornou o vício no que vemos até hoje em que, apesar de grandes campanhas contrárias, os fumantes estão aí.
A prática nos mostra que não basta uma proibição pura e simples. É preciso também uma campanha com atitudes que convença jovens e adultos a uma prática disciplinada, consciente e espontânea que coloque as coisas em seus devidos lugares. Estatísticas oficiais mostram que o ensino brasileiro perde feio para países menores e menos destacados que o nosso.
Vício é vício. Portanto, assim como foram criadas leis para combater efeitos do tabagismo passivo, precisamos de medidas conscientes para o uso correto da tecnologia que promovam um ambiente geral mais saudável e equilibrado.
É a nossa opinião.
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