Foi depois de uma chuva rápida, porém intensa, que desabara na última quinta-feira (24), por volta das 15h, que em Jacareí foi contrariada a teoria química: 'óleo combina com água' quando quer. Claro, trata-se de uma metáfora (expressão com sentido de outra mais apropriada no momento) porque editorial, embora seja texto sério, pode usar metáforas num país onde a vida está mais para a ficção.

Uma senhorinha caminhava pelo limite da calçada, na Avenida Orlando Hardt, no centro, quando um automóvel deu-lhe um 'banho'. O veículo passou muito rápido sobre uma poça d'água remanescente da citada chuva forte.

O Diário de Jacareí na internet publica matéria em que a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) critica a má qualidade e alto preço do asfalto brasileiro, fornecido com exclusividade pela Petrobrás. Isso prejudica veículos de carga, aumenta fretes, eleva o custo de vida, encarece produtos transportados – a maioria alimentícios – pressiona para cima a inflação, retrai compras e provoca desemprego.

O problema não se resume em melhorar a qualidade do asfalto. Se todos os envolvidos não aperfeiçoarem a parte que lhes toca, 'mudam somente as moscas'. É o que acontece quando a mesma Petrobrás reduz o preço do combustível automotivo: poucas vezes essa redução melhora o preço do líquido na bomba. E, quando reduz, demora bastante.

Veja como uma deficiência administrativa agita a cadeia econômica, a classe produtiva e – o que parece vamos assistir em breve – a cadeia onde tentam prender os que assaltam este país sem o menor pudor. Estamos cansados de assistir como os desonestos organizam-se entre si, agem durante anos e fazem de tudo para impedir os 'de bem' de lhes encerrar a 'mamata'.

Outra metáfora: como se o mau asfalto, que também óleo, 'combinasse' com a água da chuva e o motorista 'vagabundo' para darem um banho naquela senhorinha; só de farra.

É a nossa opinião.